BUENOS AIRES (Reuters) – Fiscais de grãos e oleaginosas da Argentina disseram nesta quinta-feira que vão prorrogar uma greve por questões salariais devido à paralisação das negociações, o que ameaça impactar exportações de um dos maiores produtores de grãos do mundo.

A Argentina, importante fornecedora global de milho, soja e trigo, tem sofrido uma onda de greves em seu setor agrícola à medida que trabalhadores pedem bônus associados à pandemia e aumentos que acompanhem a alta inflação do país.

A federação de trabalhadores do setor de oleaginosas, URGARA, que representa fiscais de grãos que atuam em portos, começou uma greve de 24 horas na quarta-feira, quando afirmou que o movimento poderia ser prorrogado por um dia.

“Devido à total falta de resposta da câmara de empregadores, nós decidimos estender a greve nacional no setor de oleaginosas e exportação de grãos”, disseram sindicatos em uma nota.

A câmara que representa empresas exportadoras, CIARA-CEC, argumenta que os sindicatos pedem aumentos salariais excessivos.

Milho e soja, principais culturas comerciais do país, estão em fase de plantio. Com a colheita do trigo apenas começando, dezembro não é o pico da temporada de exportação.

((Tradução Redação São Paulo, 55 11 5644 7519)) REUTERS LC