Por Julie Ingwersen
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago estenderam seu rali nesta quinta-feira, avançando 1,7% e atingindo uma nova máxima de dois anos, à medida que a firme demanda da China segue fornecendo suporte ao mercado da oleaginosa.
O milho também terminou o dia em alta, com a força da soja compensando a pressão causada pela divulgação de uma cota menor do que o esperado para importações chinesas em 2021. Os futuros do trigo dispararam na sessão, apoiados por compras técnicas e preços firmes no mercado físico global.
O contrato novembro da soja fechou em alta de 17,25 centavos de dólar, a 10,2850 dólares por bushel, depois de atingir a marca de 10,3225 dólares, nova máxima contratual e maior nível para um vencimento mais ativo desde maio de 2018, em gráfico contínuo.
O milho para dezembro avançou 3,50 centavos, para 3,7525 dólares o bushel, enquanto o vencimento dezembro do trigo teve ganho de 14,25 centavos, a 5,5625 dólares/bushel.
A soja comandou o movimento de alta dos mercados de grãos, impulsionada pela persistente demanda chinesa. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) anunciou vendas da oleaginosa norte-americana para a China nos últimos dez dias úteis –incluindo a confirmação de 264 mil toneladas nesta quinta, além de mais 360,5 mil toneladas vendidas para destinos desconhecidos.
“Até que vejamos nossos amigos chineses cedendo, essa é a questão para a qual todo mundo vai estar olhando”, disse Dan Basse, presidente da AgResource em Chicago. “Quando eles vão terminar de comprar, ninguém sabe”, acrescentou.
(Reportagem de Julie Ingwersen, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)