Por Julie Ingwersen

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago fecharam em alta nesta terça-feira, pelo 11º dia consecutivo, apoiados por uma combinação entre compras baseadas em gráficos, demanda contínua do principal comprador global, a China, e preocupações com o potencial da safra dos EUA, disseram analistas.

Os futuros do milho também subiram, enquanto os do trigo caíram, já que safras maiores na Austrália sinalizaram um aumento na competição de exportação do cereal com o produto norte-americano.

O contrato mais ativo da soja fechou em alta de 5 centavos de dólar, a 9,73 dólares por bushel, depois de ter atingido 9,77 dólares, o valor mais alto para o contrato mais ativo da commodity em de dois anos.

O milho subiu 3,75 centavos, a 3,6175 dólares o bushel. Já o trigo registrou baixa de 6 centavos, a 5,4425 dólares o bushel.

A soja foi sustentada pela confirmação do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), nesta terça-feira, de que importadores da China adquiriram 664 mil toneladas da oleaginosa norte-americana, país que prometeu importar quantidades recordes de produtos agrícolas dos EUA neste ano em atendimento ao acordo comercial de Fase 1.

As exportações de soja norte-americana para a China normalmente aumentam nesta época do ano, quando os fluxos do principal fornecedor, o Brasil, diminuem devido ao calendário de safra.

“De agora até primeiro de janeiro … somos o único jogo e os chineses estão comprando”, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities, sediada em Iowa.

(Com reportagem adicional de Michael Hogan em Hamburgo e Naveen Thukral e Cingapura)