Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros de grãos negociados em Chicago avançaram nesta sexta-feira, com a soja operando perto de uma máxima de quatro anos e meio registrada nesta semana, diante da forte demanda por exportações e da redução nos estoques dos Estados Unidos.
O mercado da soja aparenta ter uma boa sustentação nos atuais níveis, após o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) ter gerado um rali com um relatório publicado na terça-feira, que projetou os estoques de soja e milho do país em mínimas de sete anos, disse Tom Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage.
Os preços podem subir ainda mais se o clima piorar na América do Sul, segundo ele. A seca já afetou plantios no Brasil, maior produtor de soja do mundo, onde agricultores já venderam um volume recorde da nova safra, com impulso dos ganhos recentes dos futuros na bolsa de Chicago.
“Se os problemas se desenvolverem na América do Sul ou a demanda chinesa continuar forte, preços muito mais altos da soja poderiam ser facilmente justificados”, disse Pfitzenmaier.
O contrato mais ativo da soja fechou em alta de 2,50 centavos de dólar, a 11,48 dólares por bushel, depois de atingir na quarta-feira o maior nível desde junho de 2016, a 11,6225 dólares.
O milho avançou 2,25 centavos, para 4,1050 dólares o bushel, depois de atingir uma máxima desde julho de 2019 nesta semana.
O trigo terminou a sessão com ganho de 5,25 centavos, a 5,9350 dólares/bushel. O vencimento mais ativo chegou a atingir o menor preço desde 6 de outubro durante a sessão.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)