Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago avançaram pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira, permanecendo próximos de uma máxima de mais de quatro anos registrada na semana passada, diante da forte demanda da China e de dados que mostraram o processamento da oleaginosa nos Estados Unidos em ritmo recorde no mês passado.

A firme demanda gerou temores de um aperto nas ofertas de soja, após o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) projetar na semana passada que os estoques do país atingirão o menor nível em sete anos ao final da temporada.

O milho se firmou com apoio das boas perspectivas para as exportações norte-americanas, especialmente para a China. O trigo acompanhou a tendência positiva.

Os movimentos de alta nos mercados de energia e ações, após notícias promissoras relacionadas a mais uma vacina contra a Covid-19, ofereceram suporte adicional aos grãos.

O contrato janeiro da soja fechou em alta de 5,50 centavos de dólar, a 11,5350 dólares por bushel. O milho para dezembro avançou 5,75 centavos, para 4,1625 dólares o bushel, enquanto o vencimento dezembro do trigo teve ganho de 4,50 centavos, a 5,98 dólares/bushel.

“Para a soja, não é apenas o esmagamento que está forte, são as exportações também. O mercado segue tentando avançar o suficiente para desacelerar a demanda”, disse Don Roose, presidente da U.S. Commodities.

(Reportagem de Karl Plume, com reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)