Por Mark Weinraub
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago avançaram pelo quinto dia consecutivo nesta sexta-feira, terminando a sessão perto de uma máxima de sete meses e meio, diante de persistentes temores de que a safra dos Estados Unidos fique aquém das expectativas, segundo operadores.
Os futuros do milho também se firmaram, ignorando as perdas do início da sessão, apoiados pela forte demanda por exportações norte-americanas, enquanto as cotações do trigo recuaram em meio a movimentos de realização de lucros ao final da semana.
O clima adverso em agosto, mês crucial para o desenvolvimento da safra dos EUA, tem sustentado o mercado da soja, que acumulou ganhos de 5,2% nesta semana, maior rali semanal desde maio de 2019.
“A falta de chuvas em agosto –aliada ao calor prolongado– limitou o patamar de produção de soja em diversas áreas”, disse em nota Bob Linneman, corretor da Kluis Commodity Advisors. “Há muitas operações que viram uma safra potencialmente recorde se transformando em uma safra mediana.”
O contrato novembro da soja fechou em alta de 8,505 centavos de dólar, a 9,50 dólares por bushel.
O milho para dezembro avançou 1,25 centavo, para 3,5925 dólares o bushel. Os futuros do milho saltaram 5,7% nesta semana, a terceira consecutiva de ganhos, depois de cinco semanas seguidas de quedas.
O vencimento dezembro do trigo recuou 2 centavos, para 5,4875 dólares/bushel, mas acumulou alta de 2,5% na semana.
(Reportagem adicional de Naveen Thukral, em Cingapura, e Sybille de La Hamaide, em Paris)