Por Tom Polansek

CHICAGO (Reuters) – Uma crescente demanda chinesa ajudou a impulsionar os futuros da soja nos Estados Unidos aos maiores níveis em mais de dois anos nesta sexta-feira, enquanto os futuros do milho subiram por preocupações com danos à safra dos EUA devido ao clima adverso.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que exportadores privados venderam 318 mil toneladas de soja dos EUA à China e 175 mil toneladas de farejo de soja às Filipinas, com todo volume para entrega no ano comercial 2020/21.

Esse foi o segundo dia consecutivo em que o USDA registrou compras da China, maior importadora global de soja.

A China, que tem buscado combater riscos de segurança alimentar, também tem sido grande compradora de milho e carne suína dos EUA recentemente.

“Isso está suportando os preços globais, ao menos no curto prazo”, disse o economista de agronegócio do National Australia Bank em Melbourne, Phin Ziebell.

Os futuros mais ativos da soja na bolsa de Chicago encerraram em alta de 2 centavos de dólar, a 9,68 dólares por bushel. O contrato tocou mais cedo o maior preço desde junho de 2018, a 9,695, levemente acima de máxima de dois anos da quinta-feira.

O milho subiu 4,25 centavos de dólar, para 3,58 dólares por bushel.

O trigo caiu 3 centavos e fechou a 5,5025 dólares por bushel. O contrato tocou o menor valor desde 27 de agosto, após ter registrado na terça-feira a maior cotação desde 1 de abril.

Os movimentos nos preços foram limitados devido à proximidade do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos.