Por Julie Ingwersen

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago subiram nesta quarta-feira para o seu maior nível em mais de dois anos e registraram o 12º avanço diário consecutivo na esteira da demanda de exportação dos EUA para a China, aliada a preocupações sobre o efeito de geadas sobre a safra em partes do Meio-Oeste americano, disseram analistas.

Os futuros do trigo e do milho caíram.

O contrato mais ativo da soja, para novembro, fechou em alta de 5,75 centavos de dólar, a 9,7875 dólares por bushel, após atingir o valor mais alto desde junho de 2018, em 9,8175 dólares por bushel.

O trigo para dezembro registrou baixa de 0,5 centavo de dólar, a 5,4375 dólares o bushel, enquanto o milho dezembro baixou 1,50 centavo, para 3,6025 dólares por bushel.

A soja se firmou depois que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) confirmou vendas da oleaginosa norte-americana para a China pelo quarto dia útil consecutivo, reportando comercialização de 238 mil toneladas para o país asiático e outras 132 mil toneladas para destinos desconhecidos.

Os mercados à vista para a soja se firmaram no terminal de exportação do Golfo dos EUA, GRYM, à medida que os negócios aumentaram em um momento em que os analistas esperam que o USDA reduza sua estimativa para a produção da safra 2020/21 dos EUA, em relatório mensal que será divulgado na sexta-feira.

“Mais um dia, mais uma venda de exportação (soja). Estamos aguardando a divulgação do relatório de sexta-feira que dê alguns indícios de queda na produtividade e aperto dos balanços”, disse Brian Hoops, analista da Midwest Market Solutions.

(Com reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral e Cingapura)