Por Karl Plume
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago recuaram pela terceira sessão consecutiva nesta terça-feira, à medida que a redução da demanda por exportações e as perspectivas de mais chuvas para áreas produtoras da América do Sul amenizam preocupações com o aperto das ofertas.
Milho e trigo acompanharam a tendência e também terminaram o dia em baixa, pressionados pela melhoria no panorama para as safras sul-americanas e pela valorização do dólar.
Os preços dos grãos dispararam para máximas de vários meses ou anos nas últimas semanas, diante da firme demanda –especialmente da China– e da redução das ofertas. O tempo seco, enquanto isso, ameaçava as safras do Brasil e Argentina, que devem recompor as ofertas globais nos próximos meses.
“O mercado tinha um trabalho para fazer, que era racionar as ofertas. Por enquanto, a percepção é de que cumprimos esse trabalho”, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de mercados agrícolas do Zaner Group.
“Nós continuaremos, de certa forma, em um cenário fraco, a não ser que haja uma mudança dramática no clima da América do Sul para uma tendência mais seca”, acrescentou.
O contrato janeiro da soja fechou em queda de 12,75 centavos de dólar, a 11,4575 dólares por bushel. O milho para março recuou 4,25 centavos, para 4,1975 dólares o bushel, e o vencimento março do trigo cedeu 7 centavos, a 5,7050 dólares/bushel.
(Reportagem de Karl Plume; reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)