Por Karl Plume
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago recuaram nesta quarta-feira, pressionados por uma desaceleração nas exportações dos Estados Unidos –à medida que a demanda global se volta para as ofertas da América do Sul– e pela perspectiva de que os agricultores norte-americanos ampliarão de forma dramática os cultivos da oleaginosa nesta temporada.
Os futuros do milho não tiveram direção comum, com os vencimentos mais próximos se firmando diante de fortes vendas para a China, que geraram preocupações com o aperto nas ofertas.
Já o trigo recuou, guiado pelos contratos do cereal duro vermelho de inverno, por causa da melhora nas condições de safra nos EUA após o registro de chuvas nas Planícies do país e de sinais de uma safra maior do que o esperado na Rússia.
A queda da soja atuou, em geral, como uma âncora para os preços dos grãos. As cotações da oleaginosa foram pressionadas pelas chuvas em áreas da Argentina que enfrentam condições de seca e por projeções de uma safra abundante no Brasil.
“Estamos chegando ao final do nosso período de exportação (de soja nos EUA), o prêmio relacionado ao clima na América do Sul está deixando o mercado e ainda é cedo demais para aplicar um prêmio pelo clima aqui nos EUA”, disse Craig Turner, corretor de commodities da StoneX.
“Os mercados de alta precisam ser alimentados diariamente, e nós não estamos recebendo qualquer notícia altista diária sobre a soja para sustentar os preços no patamar em que eles estão atualmente”, acrescentou.
O contrato maio da soja fechou em queda de 5,50 centavos de dólar, a 14,1775 dólares por bushel. O milho para maio avançou 3,75 centavos, para 5,58 dólares/bushel, enquanto o vencimento maio do trigo cedeu 7 centavos, a 6,40 dólares o bushel.
(Reportagem adicional de Naveen Thukral, em Cingapura, e Sybille de La Hamaide, em Paris)