Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago renovaram uma máxima de quatro anos nesta terça-feira, enquanto o milho alcançou o maior nível em um ano, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) indicar que os estoques das commodities no país atingirão os menores níveis em sete anos nesta temporada.
As previsões, publicadas em um relatório mensal de safras, refletem um declínio nas expectativas para as colheitas norte-americanas e firmes exportações para a China e outros países.
O contrato mais ativo da soja fechou em alta de 35,50 centavos de dólar, a 11,46 dólares por bushel. Mais cedo na sessão, chegou a atingir a marca de 11,5325 dólares, maior nível desde julho de 2016 e bem acima da máxima de quatro anos registrada na segunda-feira, quando tocou 11,18 dólares.
O milho avançou 15,50 centavos, para 4,23 dólares o bushel, e alcançou o mais alto preço desde julho de 2019, enquanto o trigo teve alta de 11 centavos, a 6,0850 dólares/bushel.
Operadores afirmaram também que o clima desfavorável na América do Sul, com a seca atrasando o plantio de soja no Brasil, pode levar ainda mais demanda global para os EUA.
“Qualquer coisa que ameace a oferta agora vai ser altista”, disse Dan Cekander, presidente da DC Analysis.
(Reportagem de Tom Polansek em Chicago, com reportagem adicional de Christopher Walljasper em Chicago, Gus Trompiz em Paris e Naveen Thukral em Cingapura)