Por Mark Weinraub

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago atingiram o maior nível em seis anos e meio nesta sexta-feira, à medida que a seca persistente em importantes áreas produtoras da América do Sul geram temores de um aperto nas ofertas globais em momento de firme demanda pela oleaginosa dos Estados Unidos.

As preocupações com o clima também deram suporte ao milho, que avançou para a máxima desde 30 de novembro. O trigo, por sua vez, terminou em queda.

O contrato janeiro da soja <SH1> fechou em alta de 18,75 centavos de dólar, a 12,20 dólares por bushel, após atingir uma máxima de 12,2475 dólares, patamar mais elevado desde 30 de junho de 2014.

“Não há, virtualmente, qualquer espaço para erro no balanço da soja”, afirmou o economista-chefe de comedistes da StoneX, Arlan Suderman, em nota a clientes.

“O clima da América do Sul nunca ajuda muito”, disse Tobin Gorey, diretor de estratégias agrícolas do Commonwealth Bank of Australia. “A chegada das chuvas em cima da hora neste verão quente do Hemisfério Sul significa que o mercado continua andando na corda bamba.”

As perspectivas de estoques baixos de soja nos EUA, em meio à forte demanda por processadoras domésticas e importadores como a China, tornaram o mercado sensível a possíveis perdas nas safras sul-americanas, que serão colhidas nos próximos meses.

O milho para março <CH1> avançou 5 centavos, para 4,3750 dólares o bushel, enquanto o vencimento março do trigo <WH1> recuou 0,5 centavo, a 6,0825 dólares/bushel.

(Reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Colin Packham, em Sydney)