Por Christopher Walljasper

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros da soja negociados em Chicago avançaram para máximas de seis anos nesta segunda-feira, com problemas climáticos e de exportação na Argentina ofuscando as preocupações com a nova variante do coronavírus que atinge o Reino Unido.

Os futuros do milho e trigo subiram diante do apoio da soja ao complexo grãos.

O contrato mais ativo da soja fechou em alta de 23,50 centavos de dólar, a 12,4750 dólares por bushel, após atingir a marca de 12,4875 dólares, maior nível desde 27 de junho de 2014.

O trigo avançou 3 centavos, para 6,1125 dólares o bushel, enquanto o milho teve ganho de 2,50 centavos, a 4,40 dólares/bushel, depois de tocar 4,4075 dólares, patamar mais elevado desde 18 de julho de 2019.

Nesta segunda, mais de 100 navios não conseguiam carregar produtos agrícolas na Argentina, à medida que uma greve por questões salarias persiste no país.

Além disso, a seca continua inibindo o plantio de soja argentino, em momento em que crescem as preocupações com a oferta global da oleaginosa no ano que vem.

“Com o clima lá na América do Sul, tanto na Argentina quanto no Brasil, e a situação por aqui (nos Estados Unidos, com firmes exportações), acho que temos chances de alguns movimentos bem decentes”, disse Jack Scoville, analista de mercado do Price Futures Group. “A demanda ainda é suficiente para nos colocar em um cenário de estoques finais bem apertados.”

(Reportagem de Christopher Walljasper, em Chicago; reportagem adicional de Michael Hogan e Colin Packham)