Por Karl Plume

CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do trigo negociados em Chicago avançaram nesta sexta-feira por preocupações relacionadas à diminuição das ofertas globais, após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) reduzir sua perspectiva para os estoques do cereal e a Rússia considerar restrições às exportações.

Os futuros do milho e soja também subiram, apoiados pelo aperto nas ofertas –especialmente da oleaginosa– e por crescentes preocupações com as safras da América do Sul em meio ao tempo seco no início da temporada.

O trigo negociado na bolsa de Chicago registrou o maior ganho semanal em quase quatro meses, enquanto o milho teve a quinta alta semanal em seis semanas. Já a soja recuou levemente no período, em sua segunda semana de perdas.

“Os estoques globais de trigo no relatório (do USDA, na véspera) ficaram 5 milhões de toneladas abaixo das expectativas do mercado, os estoques dos EUA foram reduzidos e há notícias de que a Rússia quer implementar cotas e taxas para as exportações. O trigo está, com razão, liderando a alta do mercado”, disse Craig Turner, corretor sênior de agronegócio da Daniels Trading.

O contrato março do trigo fechou em alta de 18 centavos de dólar, a 6,1450 dólares por bushel. Um rali de três dias levou o vencimento a uma alta de 7,8%, maior ganho do gênero desde julho.

A soja para janeiro avançou 7,75 centavos, para 11,6050 dólares o bushel, enquanto o contrato março do milho subiu 2,25 centavos, a 4,2350 dólares/bushel.

(Reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)