Por Tom Polansek
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do trigo e soja negociados em Chicago renovaram máximas de vários anos nesta quarta-feira, diante da ameaça climática à produção de importantes países exportadores das commodities.
A seca levantou preocupações entre produtores quanto às perspectivas para o plantio de trigo nas Planícies dos Estados Unidos e na região do Mar Negro, bem como para a semeadura de soja no Brasil.
O tempo no cinturão do trigo nas Planícies do sul dos EUA deve permanecer majoritariamente seco dentro dos próximos seis a dez dias, com temperaturas acima da média, segundo a corretora Country Hedging.
“As condições secas para o plantio nos EUA, Rússia e Ucrânia, assim como as condições secas para o desenvolvimento da safra na Argentina, reduziram as perspectivas de produtividade em todo o mundo”, disse Jacqueline Holland, analista de mercado da Farm Futures.
O contrato mais ativo do trigo fechou em alta de 14,75 centavos de dólar, a 6,0750 dólares por bushel, depois de avançar até 6,1150 dólares, maior nível desde julho de 2015.
A soja teve ganho de 7 centavos, a 10,51 dólares/bushel, após tocar a marca de 10,5975 dólares, mais alto nível desde abril de 2018.
Já o milho subiu 3,75 centavos, para 3,8875 dólares o bushel, depois de atingir 3,92 dólares, maior valor desde janeiro.
(Por Tom Polansek, em Chicago; reportagem adicional de Gus Trompiz, em Paris, e Naveen Thukral, em Cingapura)