Por Mark Weinraub
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros do trigo negociados em Chicago recuaram 2,9% nesta segunda-feira, maior liquidação diária em duas semanas, com operadores afirmando que as tarifas de exportação planejadas pela Rússia são baixistas para os preços no curto prazo.
Os futuros da soja se firmaram, apoiados por expectativas de maiores importações pelo Brasil, maior produtor global da oleaginosa, enquanto o milho terminou a sessão em alta.
A Rússia planeja impor uma taxa de exportação de 25 euros (30,4 dólares) por tonelada de trigo entre 25 de fevereiro e 30 de junho, disse o ministro da Economia do país nesta segunda-feira, como parte de medidas para estabilizar os preços domésticos de alimentos.
“Ou seja, é esperado que entre agora e 15 de fevereiro os exportadores russos façam tudo o que for possível para embarcar o máximo que conseguirem”, disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities, acrescentando que o fluxo das ofertas russas no mercado deve reduzir a demanda externa pelo produto dos Estados Unidos nos próximos dois meses.
O contrato março do trigo fechou em queda de 18 centavos de dólar, a 5,9650 dólares por bushel.
Já a soja para janeiro avançou 9 centavos, para 11,6950 dólares o bushel.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) projetou as importações da oleaginosa pelo Brasil em 2021 em 800 mil toneladas, versus 500 mil toneladas na estimativa anterior.
O vencimento março do milho subiu 0,50 centavo, para 4,24 dólares/bushel.
(Por Mark Weinraub, com reportagem adicional de Michael Hogan, em Hamburgo, e Colin Packham, em Sydney)