Por Mark Weinraub
CHICAGO (Reuters) – Os contratos futuros de soja, milho e trigo negociados em Chicago despencaram nesta segunda-feira, com temores em relação a novos “lockdowns” por causa da pandemia de coronavírus desencandeando uma aversão global a ativos de risco.
Os grãos, capitaneados por uma queda de 3,7% no trigo –que marcou o maior declínio percentual diário desde agosto de 2019–, foram pressionados por uma liquidação global de commodities, com investidores à procura de ativos de segurança, como o dólar.
“É, basicamente, aversão a risco por todo lado”, disse o economista-chefe de commodities da corretora StoneX, Arlan Suderman.
Os contratos futuros da soja fecharam em queda de 2,1%, no maior recuo diário desde 1º de abril. Operadores ignoraram o anúncio do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos de vendas de 132 mil toneladas da oleaginosa para a China.
A firme demanda chinesa havia impulsionado a soja ao maior nível em mais de dois anos na semana passada, mas esse rali deixou o mercado vulnerável a quedas.
O contrato novembro da soja terminou o dia em queda de 21 centavos de dólar, a 10,2250 dólares por bushel.
O milho para dezembro recuou 8,75 centavos, para 3,6975 dólares o bushel, e o vencimento dezembro do trigo cedeu 20,25 centavos, a 5,5475 dólares/bushel.
(Reportagem adicional de Michael Hogan, em Hamburgo, e Naveen Thukral, em Cingapura)