Após pesquisa sobre preços abusivos, Procon registra variação de 317% em teste da Covid-19 em Londrina

Publicado em 1 fev 2022, às 12h40.

O Núcleo Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Londrina (Procon-LD) divulgou o resultado da pesquisa feita em órgãos que vendem testes para Covid-19, na cidade. Nas modalidades de exames, um dos testes rápidos apresentou variação de 317% no preço, entre um local e outro.

Foram analisados oito estabelecimentos e 16 tipos de exames. No teste de anticorpos IgG e IgM, feitos com coletas de sangue e que revelam, em alguns minutos, se houve contato com o Sars-Cov-2, o menor valor pago é de R$ 59,90, enquanto o maior é de R$ 250. Essa modalidade apresentou a maior variação.

Em segundo lugar, com 233% de diferença, está a sorologia IgG e IgM, que também identifica se já houve contato, a longo prazo, com o Sars-Cov-2. Este tipo de teste é mais demorado para divulgação do resultado, de até quatro dias úteis, e também é feito com coleta de sangue. O menor valor encontrado é de R$ 90 e o maior, de R$ 300.

Em terceiro está o “teste do cotonete”, o se secreção de orofaringe, com 125% de variação. Neste caso, pacientes podem encontrar de R$ 89 até R$ 200.

“Em um laboratório e algumas farmácias, nós encontramos preços maiores do que a média, muito maiores. Nesses locais, nós iremos notificá-los para que eles apresentem justificativa e nos expliquem o por quê desses valores tão elevados”,

explica o diretor-executivo do Procon-LD, Thiago Mota.

Algumas farmácias de Londrina não responderam à pesquisa feita pelo Procon e também serão notificadas. A intenção da análise é prevenir o aumento abusivo dos preços de exames de Covid-19 e influenza, assim como a divulgação incorreta de informações.

Estabelecimentos que desobedecerem as normas estarão sujeitos a multas que vão de R$ 777,70 a R$ 11.665.500,00. Denúncias podem ser feitas por meio do e-mail procon@londrina.pr.gov.br. É necessário anexar foto da nota fiscal da farmácia ou laboratório e cópias de documento de identificação (RG, CPF ou CNH), assim como comprovante de residência do denunciante.