Os primeiros seis meses de 2015 foram difíceis para o comércio. O setor teve o pior primeiro semestre desde 2003, segundo pesquisa realizada pela Serasa Experian. A empresa registrou uma alta de 2,6% em relação à primeira metade do ano anterior. Foi também o segundo pior resultado da história do ramo comercial, melhor apenas que a queda de 6,9% no início de 2002.

Segundo os economistas da Serasa, a falta de confiança dos consumidores, a elevação das taxas de juros, a alta da inflação e, principalmente, o aumento do desemprego foram as principais causas do mau desempenho.

Em junho, a atividade do comércio subiu 0,3% ante maio e avançou 7,8% na comparação com junho do ano passado. Na margem, o melhor resultado foi de materiais de construção, que subiu 1,1%. Combustíveis e lubrificantes avançaram 0,4% e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas tiveram alta de 0,2%. Já veículos, motos e peças despencaram 7,2%, móveis, eletroeletrônicos e informática recuaram 2,3% e tecidos, vestuário, calçados e acessórios encolheram 1,0%.

O indicador da Serasa de atividade no comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais a base de dados da companhia. As consultas (nas formas de taxas de crescimentos) são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores. A amostra é composta de cerca de 6 mil empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade.