Com a proximidade da Black Friday 2025, uma das datas mais aguardadas pelo varejo e pelos consumidores, também cresce o número de golpes aplicados por criminosos no ambiente digital. Boletos falsos, sites clonados e e-mails promocionais fraudulentos estão entre as principais armadilhas usadas para enganar quem busca ofertas.

Dados da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do SPC Brasil apontam que quatro em cada dez consumidores já receberam algum tipo de tentativa de golpe durante promoções online.
O cenário também preocupa pela organização dos criminosos. Segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, o Brasil registrou 6.937.832 tentativas de fraude no primeiro semestre de 2025, aumento de 29,5% em relação ao ano anterior.
“Promoções imperdíveis geralmente vêm acompanhadas de links maliciosos que tentam capturar dados sensíveis ou direcionar a vítima para sites falsos”, alerta Marcelo Souza, responsável pelas áreas de Prevenção à Fraude e PLDFT do Grupo Bari.

Golpes durante a Black Friday
1. E-mails e mensagens falsas: o golpe do phishing
Durante a Black Friday, criminosos enviam e-mails, SMS e mensagens em aplicativos com ofertas tentadoras, muitas vezes imitando grandes redes varejistas. O objetivo é fazer com que a vítima clique em links que roubam dados ou instalam softwares maliciosos.
Como se proteger:
- Evite se cadastrar em sites desconhecidos para receber cupons.
- Não clique em links suspeitos ou enviados por remetentes desconhecidos.
- Confirme a promoção nos canais oficiais da loja.
- Mantenha antivírus atualizado.
2. Sites falsos e páginas clonadas
Golpistas criam sites que imitam páginas de grandes marcas, com layout, logotipos e promoções semelhantes. Esses portais roubam dados pessoais e bancários.
Como se proteger:
- O endereço deve começar com “https://”.
- O ícone do cadeado deve estar visível na barra do navegador.
- Verifique erros de português, imagens distorcidas e páginas sem conteúdo.
- Utilize navegadores seguros e extensões como HTTPS Everywhere e uBlock Origin.
- Use cartões virtuais temporários e não salve informações de pagamento.
- Ative alertas de transação no banco.
- Desconfie de sites que pedem mais dados do que o necessário.
3. Pix, boletos e transferências suspeitas
O Diretor de Segurança da Informação da Evertec, Fernando Malta, reforça a importância de verificar quem recebe o pagamento.
Como se proteger:
- Prefira métodos confiáveis, como cartão de crédito ou plataformas reconhecidas.
- Ao pagar via Pix ou boleto, confirme nome e CNPJ do destinatário.
- Evite sites que aceitam apenas transferências bancárias ou criptomoedas.
4. Falta de clareza em regras de cancelamento e devolução
Segundo o Procon-SP, 70% das reclamações em 2024 envolveram problemas contratuais, como dificuldades de cancelamento ou cobranças indevidas.
Rafael Figueiredo, CEO da D4Sign by Zucchetti, lembra que o direito de arrependimento vale para compras online e pode ser usado em até sete dias.
Fique atento às políticas de:
- cancelamento,
- troca e devolução,
- condições de assinatura e renovações automáticas.
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