Combustíveis e passagens aéreas pressionam inflação em setembro. (Foto: pixabay)

Dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (5) mostram que resultado de 0,48% é o maior para o mês nos últimos três anos

A inflação oficial acelerou em setembro, influenciada pelo setor de transportes, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (5).

O indicador marcou 0,48% em setembro — após recuar 0,09% em agosto. O resultado é o maior para setembro desde 2015, quando a inflação acelerou para 0,54% no mês.

Em setembro de 2017, a inflação oficial era de 0,16%. Significa que os preços dos produtos e serviços brasileiros ficaram mais caros em setembro deste ano do que no ano anterior.

De janeiro a setembro deste ano, a inflação oficial marcou 3,34%. No acumulado de 12 meses, encerrados em setembro, o indicador acumula 4,53%.

Inflação oficial acumulada em 12 meses (em %) de acordo com dados do IBGE (Foto: R7/Infogram)

O que ficou mais caro

O setor de transportes foi o maior responsável pelo ganho de ritmo da inflação oficial (1,69%). Os combustíveis (4,18%) e passagens aéreas (16,81%) foram os itens que ficaram mais caros. A gasolina subiu quase 4%, enquanto o etanol está 5,42% mais pesado no bolso do brasileiro. O diesel aumentou 6,91%.

Os itens de habitação também registraram aumento de preço no mês de setembro. A energia elétrica (0,46%) e água e esgoto (0,3%) contribuíram para o resultado do período.

O que ficou mais barato

Os únicos setores avaliados pelo IBGE que registraram queda de preços foram comunicação (-0,07%) e vestuário (-0,02%). Isso significa que os produtos e serviços ficaram mais baratos em comparação com o mês anterior.

Inflação oficial em agosto

Em agosto, a inflação registrou a menor taxa para o mês em 20 anos (-0,09%). No mesmo período de 2017, o índice era de 0,19%. A perda de ritmo da inflação significa que os preços para os produtos e serviços ficaram menores no período.

Dos nove grupos da pesquisa, os maiores responsáveis pela queda da inflação de julho para agosto foram alimentação e bebidas (-0,34%) e transportes (-1,22%).

Inflação registrada para setembro nos últimos 5 anos (em %) (Foto: R7/Infogram)