O vencedor da 1ª Rodada de Licitação do Pré-Sal foi um consórcio formado por cinco empresas, que terá o direito de explorar e produzir o petróleo da área de Libra, na Bacia de Santos. Dos 70% arrematados pelo consórcio, 20% são da anglo-holandesa Shell, 20% da francesa Total e 10% das chinesas CNPC e CNOOC cada uma, assim como a Petrobras, que já tinha garantidos 30%.
A oferta do leilão, realizado há pouco, no Rio de Janeiro, pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), garante à União 41,65%% do lucro do óleo retirado do campo. O consórcio pagará ao governo brasileiro bônus de R$ 15 bilhões, além de garantir investimento mínimo de R$ 610 milhões. O consórcio era o único na disputa.
O mínimo de excedente em óleo foi 41,65%, conforme o estabelecido pelo edital.
Libra tem reservas estimadas entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo, que ainda não foram confirmadas. Caso o potencial se confirme, Libra será o maior campo de petróleo do país. A ANP estima que, em seu pico de produção, sejam extraídos diariamente 1,4 milhão de barris de óleo, cerca de dois terços do total da produção atual de todos os campos do país (2 milhões de barris por dia).
Protesto
Manifestantes que estavam na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, próximos ao hotel onde ocorre o leilão do Campo de Libra, do pré-sal, se dispersaram em direção à Avenida das Américas, principal via de acesso ao bairro. Poucas pessoas, ligadas a partidos e a movimentos anarquistas, permanecem no local, onde ocorreram confrontos entre a polícia e manifestantes na manhã de hoje (21).
Os bombeiros conseguiram apagar as chamas em um banheiro químico de metal, instalado na praça central. Os manifestantes também usaram pequenas bombas contra homens da Força Nacional, que fazem a segurança na região do leilão.