Curitiba (PR) registrou, em janeiro, um aumento de 3,9% no valor médio da cesta básica de alimentos, comparado a dezembro de 2021. Entre as capitais que registraram um aumento significativo, a capital paranaense ficou atrás apenas de Belo Horizonte (MG), que marcou 4,5% no mesmo mês.
O valor médio das cestas é analisado mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS & FGV IBRE, recém-lançada. De acordo com os dados do levantamento, os produtos responsáveis pelos valores mais expressivos da cesta básica foram os legumes (37,2%), seguidos da carne bovina (6,6%), café (1,5%) e farinha de mandioca (1%).
A alta no valor dos legumes, especificamente, foi pressionada pelo aumento de preço da batata e da cebola, que foram diretamente impactados por fatores climáticos. Tais fatores também têm sido apontados como o principal motivo no aumento do café. A quebra de safras e a consequente redução da oferta no mercado, são explicações dadas para a alta nos valores, conforme a plataforma.
Em relação a alta no preço da carne bovina, especialistas indicam que tende a ser reflexo do aumento da demanda das festas de fim de ano e do término do embargo das exportações de carne bovina brasileira. A escassez hídrica em 2021 também é indicada como um fator que contribuiu para o aumento do preço da carne, tendo prejudicado as lavouras de milho e soja e pastagens, usadas na alimentação do gado.
Alguns produtos chegaram a apresentar redução de preço em Curitiba e outras capitais. Esse foi o caso do arroz (-1,3%), da linguiça (0,8%), do frango (0,0%), da manteiga (-1,2%) e dos ovos (0,4%). Porém, apesar da redução no valor desses produtos, o preço da cesta básica chegou a R$ 642,09 em janeiro – o valor mais alto dos últimos seis meses na capital paranaense.
Segundo a sondagem, ao somar o valor dos últimos meses, Curitiba registrou um aumento médio de 19,9%.