A taxa de desemprego aumentou em janeiro, passou de 9,3% em dezembro para 9,5% em janeiro, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pela Fundação Seade e o Dieese em seis regiões metropolitanas. O nível de ocupação se elevou em Salvador (1,0%) e em Fortaleza (0,7%). Ficou estável no Recife. Houve redução em Belo Horizonte (-1,6%), em São Paulo (-0,6%) e em Porto Alegre (-0,1%).

De acordo com a pesquisa, o nível de ocupação nas regiões caiu 0,4%, se relacionado ao mesmo período do ano passado, com eliminação de 68 mil postos de trabalho. Entre os setores avaliados, também houve diminuição na Indústria de Transformação (-3,0% ou eliminação de 88 mil postos) e em Serviços (-0,2% ou redução de 20 mil vagas). Em Construção, foram criados 39 mil postos, alta de 2,6%. Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas registrou geração de 17 mil vagas (0,5%).

O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões caiu 0,1% em dezembro ante novembro, para R$ 1.661. A renda média real dos assalariados ficou praticamente estável, em R$ 1.664.

Outra metodologia

Já a taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,8% em janeiro. A taxa é a menor para o mês desde o início da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), em março de 2002. Em dezembro do ano passado, a taxa foi de 4,3%. O resultado veio abaixo do piso do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que variavam de 5,0% a 5,3%, com mediana de 5,1%.

As pesquisas de emprego são divulgadas todos os meses. No entanto, as taxas apresentadas nas duas pesquisas costumam ser diferentes devido aos conceitos e metodologias usados.