O dólar operou em alta em relação a outras moedas principais, como iene e franco suíço, nesta segunda-feira, 1º, em um ambiente de apetite por risco renovado desde a trégua comercial firmada entre Estados Unidos e a China durante o fim de semana. O avanço da moeda americana em relação a outras divisas fortes, como euro e libra, ganhou ainda mais força diante da desaceleração da economia global, como indicado pelo índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial global, que caiu ao menor nível desde outubro de 2012, o que tende a favorecer moedas consideradas seguras.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 108,44 ienes, enquanto recuava a US$ 1,128 e a libra, a US$ 1,2641. O índice DXY, que mede a força do dólar em comparação a uma cesta de outras seis moedas fortes, subiu 0,74%, para 96,844 pontos, voltando a se aproximar da marca simbólica de 97 pontos.
Os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, se reuniram na madrugada de sábado, em Osaka, no Japão, durante a reunião do G20. Os líderes concordaram em evitar novas tarifas bilaterais e a retomarem as negociações de onde pararam, o que indica uma trégua na guerra comercial entre os dois países. Além disso, a Casa Branca autorizou a gigante de telecomunicações asiática Huawei a retomar a compra de produtos americanos sem autorização especial do governo. Com a notícia, o dólar manteve alta frente a moedas como o iene e o franco suíço desde o início dos negócios.
A força da moeda americana diante de outras divisas fortes foi acelerada após a divulgação do PMI industrial global de junho, que caiu para 49,4 pontos, o nível mais baixo desde outubro de 2012, segundo medição da IHS Markit em parceria com o JPMorgan. Estar abaixo da marca de 50 pontos indica contração da atividade.
O acordo provisório entre EUA e China, no entanto, fez o dólar recuar ante moedas emergentes. Perto dos horários de fechamento dos negócios à vista em Nova York, o dólar caía para 42,3735 pesos argentinos e para 19,1473 pesos mexicanos.