Um dia após fechar em valor recorde, o dólar comercial fechou com uma leve alta de 0,02% nesta terça-feira (17), reestabelecendo o valor de R$6,096 como o mais alto da história do Brasil desde a criação do Plano Real, em 1994. Durante o dia, a moeda norte-americana chegou a bater R$ 6,20.

O Banco Central (BC) interveio no mercado já pela manhã, vendendo US$ 1,272 bilhão por volta das 9h30, visto que a cotação da moeda já havia aberto à R$ 6,14. Por volta do 12h15, o dólar atingiu o valor de R$ 6,20, forçando o BC a vender mais US$ 2,015 bilhões para estabilizar o câmbio.
Considerando somente o mês de dezembro deste ano, o BC já vendeu US$ 12,760 bilhões das reservas internacionais, ativos do Brasil em moeda estrangeira que funcionam como seguro de um país durante crises. Esse é o maior valor atingido em câmbio no país desde março de 2020, durante a pandemia de Covid-19.
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Outro ponto que ajudou a frear o valor do dólar na segunda metade do dia foi a declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a fim de acelerar a votação do pacote de corte de gastos do governo, realizando-o ainda nesta terça (17).
Além disso, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, foi ao Congresso Nacional para negociar com deputados para a aprovação do pacote de corte de gastos do governo. Este fato, somado a fala de Lira, foi bem visto pelo mercado, que ainda aguarda a definição da medida de contenção de despesas, visto que as chances de aprovação antes do recesso do recesso parlamentar, com início marcado para esta sexta-feira (20), aumentam.
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