O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante do ano para o comércio, ficando atrás apenas do Natal

Segundo um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV), mais de um terço das famílias brasileiras pretende gastar menos com o presente do dia das mães deste ano. Diante da crise, quase metade ainda não sabe o que comprar, e, entre os que já decidiram, as opções foram por presentes mais baratos. A inflação elevada, a insegurança com o emprego e o encurtamento da renda disponível para os brasileiros devem ser os fatores relevantes que vão tornar a comemoração mais modesta.

Neste ano, Mariana Gomes, de 23 anos, vai presentear a mãe com um DVD de R$ 30. “Costumo dar um só presente de aniversário e Dia das Mães, mas desta vez foi um mais simples. No ano passado, gastei R$ 120″, disse ela.

De acordo com a Sondagem do Consumidor de abril, 39% dos consumidores planejam diminuir gastos com presentes para as mães, enquanto apenas 6% devem ampliar o orçamento. Estes são os piores resultados da série desde 2007, quando a série começou (excluindo 2011, quando a pesquisa não foi realizada).  Segundo a FGV, o preço médio por presente será de R$ 61, queda real de 15,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.

“Os consumidores estão achando que o desemprego pode aumentar. Além disso, já estão com a renda comprometida, e a confiança na economia é baixa”, avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV, Aloisio Campelo.

O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante do ano para o comércio, ficando atrás apenas do Natal. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera o pior desempenho para o Dia das Mães desde 2004.