
Mais de 14 mil trabalhadores estão de braços cruzados no estado, diz sindicato. Paralisação da categoria começou na terça-feira (6)
A greve nacional dos bancários, que completou sete dias nesta segunda-feira (12), afeta o atendimento em 683 agências e oito centros administrativos no Paraná. De acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, mais de 14 mil trabalhadores estão de braços cruzados no estado.

Na sexta-feira (9), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu um reajuste de 7% nos salários e abono de R$ 3.300. A nova proposta dos banqueiros incluía ainda a reposição da inflação de 9,57%. Após a recusa dos trabalhadores, uma nova rodada de negociação ficou agendada para terça-feira (13).
Agências fechadas no PR
Apucarana e região: 30
Arapoti e região: 33
Campo Mourão e região: 32
Cornélio Procópio e região: 34
Curitiba e região: 302
Guarapuava e região: 40
Londrina e região: 93
Paranavaí e região: 42
Toledo e região: 22
Umuarama e região: 55
Reivindicações
Entre as principais reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
A proposta apresentada Fenaban inclui reajuste de 6,5%, mais R$ 3 mil de abono. O Comando Nacional dos Bancários diz que essa proposta representa perda real de 2,8% (ao descontar a inflação de 9,57%).
Para a Fenaban, se somados o abono e o reajuste, haverá “ganho superior à inflação na remuneração do ano da grande maioria dos funcionários do sistema bancário”.