O Brasil terá de formar 7,2 milhões de trabalhadores em nível técnico e
em áreas de média qualificação para atuarem em profissões industriais até 2015.
Essa necessidade produzirá oportunidades em 177 ocupações, que vão desde
trabalhadores da indústria de alimentos (cozinheiros industriais) e padeiros
até supervisores de produção de indústrias químicas e petroquímicas.

No Paraná a demanda até 2015 é por 477,5 mil profissionais capacitados,
o que corresponde a 6,7% de todo o País. As ocupações com maior demanda no
Estado para profissionais de nível técnico (cursos com até dois anos de
duração), são para técnicos em controle da produção; em eletrônica; em
eletricidade e eletrotécnica; mecânicos na fabricação e montagem de máquinas,
sistemas e instrumentos; em operação e monitoração de computadores.

Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com
menos de 200 horas, a maior demanda no Paraná são para trabalhadores da
indústria de alimentos (cozinheiros industriais); operadores de máquinas para
costura de peças do vestuário; mecânicos de manutenção de veículos automotores;
preparadores e operadores de máquinas; padeiros, confeiteiros e afins.

Os dados fazem parte do Mapa do
Trabalho Industrial 2012, elaborado pelo Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial (Senai).

Mais oportunidades

O estudo foi elaborado para subsidiar o planejamento da oferta de
formação profissional da instituição. A pesquisa inédita também pode apoiar os
jovens brasileiros na escolha da profissão e, com isso, aumentar suas chances
de ingresso no mercado de trabalho.

No Brasil, do total da demanda, 1,1 milhão será por trabalhadores para
ingressarem em novas oportunidades no mercado. O restante já está trabalhando e
precisa manter-se qualificado para acompanhar os avanços tecnológicos da
indústria.

“Apenas 6,6% dos brasileiros entre 15 e 19 anos estão em cursos de
educação profissional. Na Alemanha, esse índice é de 53%. Nossos jovens
precisam ver a formação profissional como uma excelente oportunidade para o
mercado de trabalho”, afirma o diretor de Educação e Tecnologia da CNI, Rafael
Lucchesi.

Entre as ocupações que necessitam de cursos profissionalizantes com mais
de 200 horas, a maior demanda está no setor de alimentos, que precisará de
174,6 mil trabalhadores (cozinheiros industriais) entre 2012 e 2015 em todo o
Brasil. No mesmo período, o país precisará de 88,6 mil operadores de máquinas
para costura de peças do vestuário e  81,7 mil preparadores e operadores
de máquinas pesadas para a construção civil.

Já entre as ocupações técnicas de nível técnico, o técnico de controle
da produção lidera o ranking
com demanda de 88.766 profissionais. Atrás, vem a de técnicos em eletrônica com
39.919 e a de técnicos de eletricidade e eletrotécnica, com 27.972.