A palavra inflação e o termo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) aparecem com frequência nos noticiários, mas às vezes não esclarecem dúvidas da população. Apesar de temas complexos relacionados a economia, estão presentes na rotina dos brasileiros e afetam no bolso no momento das compras.

Inflação e IPCA fazem parte da rotina dos brasileiros
Inflação e IPCA fazem parte da rotina dos brasileiros (Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

A inflação é o aumento generalizado e sustentado dos preços de bens e serviços em uma economia durante um período. Isso significa que, ao longo do tempo, o poder de compra do dinheiro diminui, ou seja, com a mesma quantia, o consumidor consegue comprar menos produtos ou contratar menos serviços.

Esse fenômeno é medido por diferentes índices, sendo o IPCA o mais importante para o Brasil. A inflação não afeta todas as pessoas de igual maneira, pois depende dos hábitos de consumo de cada um. Por exemplo, se você gasta mais com alimentos e o preço desses produtos aumenta, sua percepção de inflação será maior do que alguém que gasta mais com tecnologia.

Como o IPCA é calculado?

O IPCA é o índice que mede a variação de preços para o consumidor final, considerando uma cesta de bens e serviços consumidos pelas famílias brasileiras. Ele é calculado do primeiro ao último dia do mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e tem como base uma pesquisa sobre o comportamento dos preços em diferentes áreas, como alimentação, transporte, saúde, educação e habitação.

O índice leva em consideração a variação dos preços de mais de 400 itens e serviços, de acordo com as preferências de consumo de diferentes classes de renda e regiões do Brasil. A cesta de consumo do IPCA é revista periodicamente para refletir as mudanças nos padrões de consumo da população.

IPCA mede a variação de preços do primeiro ao último dia do mês
IPCA mede a variação de preços do primeiro ao último dia do mês (Foto: Tânia Rêgo/ Agência Brasil)

Como a inflação afeta no poder de compra dos consumidores?

Quando a inflação está alta, o impacto direto no poder de compra das pessoas é imediato. O aumento dos preços de produtos e serviços significa que o dinheiro do consumidor tem menos valor, forçando-o a gastar mais para adquirir os mesmos itens.

Esse cenário pode gerar dificuldades, principalmente para famílias de classe média e baixa, que já enfrentam um orçamento apertado. Por exemplo, se o preço do arroz, um alimento básico na alimentação de muitas famílias brasileiras, sobe 10%, isso implica um aumento significativo no gasto com a alimentação.

Além disso, com a inflação alta, o rendimento das pessoas não costuma acompanhar a velocidade do aumento dos preços. Ou seja, enquanto os salários permanecem estáveis, os custos dos produtos e serviços aumentam, prejudicando a qualidade de vida das pessoas.

O que esperar dos próximos meses?

Especialistas apontam que, em um cenário de inflação elevada, as perspectivas para os próximos meses podem ser desafiadoras. A expectativa é que o Banco Central continue utilizando a taxa de juros como uma ferramenta para controlar a inflação, já que ela pode ajudar a reduzir a pressão sobre os preços, mas também pode desacelerar a economia.

A recuperação econômica do Brasil também pode ter impacto sobre a inflação. Se a economia continuar se aquecendo, a demanda por bens e serviços pode aumentar, o que pode pressionar os preços. Por outro lado, uma desaceleração na atividade econômica pode ajudar a controlar a inflação.

Em 2025, muitos analistas acreditam que o IPCA pode começar a cair gradualmente, mas isso dependerá de vários fatores, como a estabilidade política e a retomada do crescimento econômico. Para o consumidor, a dica é manter o controle sobre o orçamento doméstico e, sempre que possível, buscar alternativas para reduzir os gastos.

Especialistas analisam expectativas para os próximos meses
Especialistas analisam expectativas para os próximos meses (Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil)

4 dicas para proteger o orçamento diante da inflação

Existem algumas estratégias que podem ajudar a minimizar os efeitos da inflação no seu bolso:

  1. Planejamento Financeiro: Faça um controle rigoroso dos seus gastos e crie um orçamento familiar. Acompanhe seus gastos e avalie onde é possível reduzir custos.
  2. Investimentos: Aplicar seu dinheiro em investimentos que rendem acima da inflação pode ser uma boa estratégia. Títulos de renda fixa, como o Tesouro IPCA, podem ajudar a proteger seu patrimônio.
  3. Pesquise e Compare Preços: Sempre que for fazer compras, compare os preços entre diferentes lojas e estabelecimentos. Em tempos de inflação alta, essa diferença pode ser significativa.
  4. Atenção ao Crédito: Evite recorrer ao crédito com juros altos, como o cartão de crédito ou o cheque especial, pois o aumento dos preços pode tornar mais difícil o pagamento das dívidas.

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Guilherme Becker
Guilherme Becker

Editor

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.

Guilherme Becker é formado em Jornalismo pela PUCPR, especializado em jornalismo digital. Possui grande experiência em pautas de Segurança Pública, Cotidiano, Gastronomia, Cultura e Eventos.