Curitiba - O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) avalia como positivo os leilões dos seis lotes do novo pedágio do estado, que foram concluídos neste mês de outubro. Fernando Furiatti garante que o modelo escolhido irá atender a população paranaense com alto investimento em obras e “tarifa justa”.

Apesar do diretor celebrar o resultado e os novos valores estabelecidos, representantes da Federação das Indústrias do Estado Paraná (Fiep) apresentaram alguns apontamentos referentes a diferença dos valores cobrados entre os lotes, com base no quilômetro rodado. Para Furiatti, o questionamento não procede e os cálculos foram apresentados antes do leilão. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da rádio Jovem Pan News, nesta quarta-feira (5), o diretor-geral ressaltou a participação de representantes da Fiep na construção do modelo.
“O nosso leilão foi um sucesso absoluto. Nós temos que comparar laranja com laranja, banana com banana. Nós temos que ter uma honestidade intelectual quando discutimos algo. Muito me admira alguma crítica em relação aos valores porque as pessoas que criticaram estiveram presentes na discussão da modelagem, em todos os momentos foram ouvidos, inclusive elogiaram a modelagem”, comentou Furiatti.
Como comparação com os valores praticados pela antiga concessão e com os novos preços com os leilões, Furiatti destacou o desconto.
“Quem sabe da modelagem somos nós, que fizemos uma construção com o Governo Federal. Se formos fazer um comparativo de valor, nós tínhamos um pedágio e estes valores devem ser atualizados. O valor quando encerrou o contrato em novembro de 2021, atualizado para hoje seria de aproximadamente R$ 0,26 por quilômetro. Nós temos que comparar o valor do quilômetro rodado. Em 2021 aqueles contratos não tinham mais nenhum tipo de investimento. O leilão hoje deu R$ 0,12 o quilômetro, não é possível que isso não seja visto como vitória”, ressaltou.
Durante a entrevista, o diretor-geral do DER/PR ainda pontuou que o modelo escolhido para o estado não é somente para manutenção e sim de investimentos. Furiatti destacou que “pedágio de R$ 5 não para em pé”, em referência a modelos que garantem apenas a manutenção das rodovias.
“Não há certeza que chegaria nesse valor de R$ 5, então nem fizemos esse cálculo. A população não quer um pedágio de manutenção, a população quer obras. Nós não podemos sair lá de Foz do Iguaçu a Paranaguá sem que a rodovia esteja toda duplicada. Nós vamos duplicar a rodovia no momento em que, talvez, ela já precisasse de uma faixa adicional. Esses R$ 5 é inviável, nós queremos obras. Temos R$ 60 bilhões em obras e temos um pedágio com tarifa justa”, concluiu Furiatti.
Na entrevista, o diretor-geral ainda confirmou a conclusão da obra da Ponte de Guaratuba em abril de 2026. “Em abril vamos entregar a ponte. Estamos cobrando para que as empresas agilizem para que a entrega seja realizada no início de abril”.
Confira a entrevista completa com Fernando Furiatti:
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