Curitiba - O prefeito Eduardo Pimentel apresentou, nesta sexta-feira (19), a modelagem da nova concessão do transporte coletivo de Curitiba. O projeto, estruturado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), prevê a modernização do sistema, com novas rotas, investimento em ônibus zero emissões e implantação de integração entre todas as linhas da capital, com foco na agilidade do deslocamento e na qualidade do serviço.

“Hoje lançamos oficialmente um dos principais projetos da minha gestão. Estamos apresentando a proposta da modelagem da nova concessão, cujo edital será publicado em novembro e que vamos construir com a população, que eu convido a participar da consulta pública, que começa hoje, e também das audiências públicas que teremos em outubro”, disse o prefeito.
A consulta pública ficará disponível online de 19/9 a 17/10 e as audiências serão realizadas em 1 e 15/10. No site, população em geral, investidores e entidades de classe terão acesso a toda documentação sobre a nova concessão, como os estudos realizados, análise econômico-financeira, operacional e à minuta do edital. O material também foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR).
Nova concessão do transporte coletivo
A nova concessão prevê o leilão de cinco lotes – 2 de BRTs (abrangendo as linhas que circulam em canaletas exclusivas) e 3 regionais (Norte, Sul e Oeste) com contrato de operação de 15 anos. A linha Turismo, pelo caráter comercial, será alvo de outro edital. O valor de remuneração estimado para os cinco lotes no período é de R$ 18 bilhões.
“A nova concessão terá valor praticamente igual à atual, com custo de cerca de R$ 1,1 bilhão por ano, mas com um sistema de transporte moderno, sustentável, mais eficiente e que vai trazer muitos benefícios, como ampliação da integração entre linhas, novos índices de qualidade e aumento da frota e do conforto dos usuários”, afirmou Eduardo Pimentel.
O foco da nova concessão também é trabalhar com uma tarifa ao passageiro muito próxima dos R$ 6 de hoje. “Os passageiros podem ter a segurança de que a nova concessão não vai impactar significativamente nos gastos. E no período de transição da atual concessão para a nova, de até dois anos, a tarifa ficará congelada em R$ 6”, disse o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.
Referência em mobilidade urbana, o sistema de transporte de Curitiba envolve 309 linhas, 22 terminais, 329 estações-tubo e frota de 1.189 ônibus. São 555 mil passageiros pagantes/dia útil e 6,4 milhões de viagens por mês. O edital da nova licitação deve ser publicado em novembro e o leilão está previsto para janeiro de 2026 na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo).
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