No início de 2022, dados do Tribunal de Contas do Paraná mostravam 61 obras paradas em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Estruturas que acompanham gerações e que hoje servem de abrigo para andarilhos e usuários de droga. O Cidade Alerta Oeste traz o comparativo das obras de Foz, na nova série Raio X, o Retorno, que mostra o que mudou no último ano, na cidade da Fronteira.
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Entre as obras paradas de Foz, cinco fazem parte da Operação Pecúlio, uma ação na justiça que investiga irregularidades em licitações realizadas na administração do ex-prefeito, Reni Pereira. Uma delas seria a pista de skate do bairro Morumbi. O tempo passou e o que se vê é mato alto, estrutura abandonada e dinheiro do povo se desgastando. Em nota, a prefeitura afirma que o processo de regularização da área para que a obra seja finalizada está em tramitação.
O maior elefante branco está na entrada da cidade. A construção começou em outro milênio, em 1996 e deveria ser um posto aduaneiro. No ano passado, a prefeitura chegou a discutir sobre a possibilidade do local ser utilizado por empresas do setor privado, mas, nada se concretizou e a previsão de término é indefinida.
Educação
Na educação, descaso que compromete o ensino de crianças da rede municipal. Há duas décadas, estudantes de 6 a 10 anos usam este espaço que fica embaixo da arquibancada do estádio Pedro Basso. As aulas de alfabetização são improvisadas e a educação física é no sol. Há um ano a prefeitura afirmou que já tinha um espaço para a construção que começaria ainda em 2022, mas, até hoje, a discussão continua.
O local escolhido é uma área verde que fica há um quilômetro de onde os alunos estudam hoje, mas há um problema: os moradores da região não concordam com o projeto. Segundo eles, na década de 70, a dona do terreno doou o espaço para a prefeitura com finalidade de ser uma praça pública, não uma escola. Agora, mais de mil e duzentas assinaturas foram feitas em um abaixo assinado para que não fosse construída a escola.
Em 2019, o município reservou R$ 5 milhões e 400 mil para a obra. A secretaria de educação não tem dúvidas de que o terreno que os moradores são contrários é o melhor lugar. Enquanto isso, anos vão se passando, pais e alunos continuam sem uma resposta.