Foz do Iguaçu - A Itaipu Binacional é uma das empresas responsáveis pela primeira deflação do Brasil desde julho de 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A empresa distribuiu em agosto o saldo excedente da hidrelétrica de Foz do Iguaçu, o que fez a conta de luz cair 4,93% e ajudou o país a ter uma deflação de 0,14% em agosto, quando comparado em julho.

Foz do Iguaçu (PR), 17/07/2025 - Vista externa, fachada, da usina hidrelétrica Itaipu Binacional.
Em julho de 2025, a inflação ficou em 0,33%, mas apresentou uma deflação em agosto. (Foto: Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O crédito da empresa alcançou 97% dos consumidores residenciais e rurais do país. Ao todo foram distribuídos R$ 936,8 milhões resultante do resultado positivo em 2024. Dados divulgados nesta terça pelo IBGE apontam que os setores de alimentos e bebidas, habitação, comunicação e transportes tiveram um recuo significativo.

O maior deles foi justamente no setor de habitação, que teve 1,13% de queda, puxada pelo bônus distribuído pela Itaipu. Esses números ajudaram na queda da inflação do país, que saiu de 5,3%, no acumulado dos últimos 12 meses, para 4,95%.

A meta do governo Lula é manter a inflação oficial em 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que representa o índice máximo de 4,5%.

Mesmo com deflação, dólar fecha em alta

Apesar dos índices de preços apontarem para um recuo, as projeções eram de que essa queda seria maior, de 0,21%. Por isso, mesmo representando a primeira deflação desde 2023, os investidores viram os números como negativos.

Para a economista do Banco Itaú Luciana Rabelo, houve “surpresas altistas em energia elétrica residencial, cursos regulares, alimentação fora do domicílio e higiene pessoal”, disse à Reuters.

E foi diante desse cenário que o dólar fechou o dia com alta de 0,36%, custando R$ 5,43. O valor, segundo especialistas, segue representando preocupação com a inflação no Brasil.

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Erick Mota posando para foto
Erick Mota

Editor-chefe

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.

Jornalista há mais de 10 anos, atuou como repórter de rede em Brasília, onde se especializou em jornalismo político. Participou de coberturas no STF, Congresso Nacional e Assembleias Legislativas. Também cobriu o caso Lázaro Barbosa e morte da cantora Marília Mendonça. Produziu documentários e reportagens especiais por todo Brasil. Possui uma paixão especial em fotografia e jornalismo cultural. Apresentou programas de TV e podcasts durante toda a carreira.