Foz do Iguaçu - A Itaipu Binacional é uma das empresas responsáveis pela primeira deflação do Brasil desde julho de 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A empresa distribuiu em agosto o saldo excedente da hidrelétrica de Foz do Iguaçu, o que fez a conta de luz cair 4,93% e ajudou o país a ter uma deflação de 0,14% em agosto, quando comparado em julho.

O crédito da empresa alcançou 97% dos consumidores residenciais e rurais do país. Ao todo foram distribuídos R$ 936,8 milhões resultante do resultado positivo em 2024. Dados divulgados nesta terça pelo IBGE apontam que os setores de alimentos e bebidas, habitação, comunicação e transportes tiveram um recuo significativo.
O maior deles foi justamente no setor de habitação, que teve 1,13% de queda, puxada pelo bônus distribuído pela Itaipu. Esses números ajudaram na queda da inflação do país, que saiu de 5,3%, no acumulado dos últimos 12 meses, para 4,95%.
A meta do governo Lula é manter a inflação oficial em 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que representa o índice máximo de 4,5%.
Mesmo com deflação, dólar fecha em alta
Apesar dos índices de preços apontarem para um recuo, as projeções eram de que essa queda seria maior, de 0,21%. Por isso, mesmo representando a primeira deflação desde 2023, os investidores viram os números como negativos.
Para a economista do Banco Itaú Luciana Rabelo, houve “surpresas altistas em energia elétrica residencial, cursos regulares, alimentação fora do domicílio e higiene pessoal”, disse à Reuters.
E foi diante desse cenário que o dólar fechou o dia com alta de 0,36%, custando R$ 5,43. O valor, segundo especialistas, segue representando preocupação com a inflação no Brasil.
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