Um total de 137 grandes obras públicas estão paralisadas em todo o estado do Paraná, segundo um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE/PR). Com o custo individual superior a R$ 1,5 milhão, as obras municipais e estaduais estão distribuídas em 72 municípios (assista abaixo).

Conforme o TCE, o orçamento total dessas edificações chega a R$ 691,2 milhões, sendo que R$ 303,5 milhões – 43,9% do total – já deixaram os cofres públicos para custear os trabalhos.

Obras municipais paradas

De acordo com o levantamento realizado pelo Tribunal, existem hoje 94 grandes obras de prefeituras paralisadas em 61 municípios paranaenses. Dentre elas, 51 já contam com previsão de retomada, ou seja, 54,3% do total. As demais – 45,7% – ainda não têm data de reinício. Do custo global dos projetos, de R$ 410,1 milhões, R$ 202,4 milhões já foram pagos pelas administrações locais – o que representa 49,4% do total.

Dentre os motivos para a interrupção das obras, os mais comuns são problemas relacionados à empresa contratada (31,9%); atrasos, suspensões ou bloqueios dos repasses de convênios (24,5%); e descumprimento de especificações técnicas e prazos (21,3%). As 94 obras municipais paralisadas se distribuem, majoritariamente, nas áreas da mobilidade urbana (40,4%), educação (24,5%), saúde, saneamento e implementação de equipamentos urbanos (8,5% cada).

VEJA AQUI A LISTA DAS OBRAS MUNICIPAIS PARALISADAS

Obras estaduais paradas

Por sua vez, são 43 as grandes obras paralisadas pertencentes ao Estado do Paraná, suas autarquias e empresas de economia mista. Espalhadas por 25 municípios, 27 têm previsão de retorno à atividade, o que corresponde a 62,8% do conjunto. Seu custo global soma R$ 281,2 milhões, dos quais R$ 101,1 milhões – ou seja, 35,9% do orçamento total das obras – já foram desembolsados pelo governo paranaense.

As razões alegadas com mais frequência para a paralisação dos trabalhos são problemas relacionados à empresa contratada (48,8%); descumprimento de especificações técnicas e prazos (25,6%); e atrasos, suspensões ou bloqueios dos repasses de convênios (11,6%). As obras mais afetadas foram aquelas relacionadas às áreas da educação (60,5%), saneamento (11,6%), urbanização (9,3%) e mobilidade urbana (7%).

VEJA AQUI A LISTA DAS OBRAS ESTADUAIS PARALISADAS