Petistas atacam proposta de Haddad sobre a volta dos impostos dos combustíveis
Membros do alto escalão do PT entraram em rota de colisão com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, por discordarem do posicionamento do petista sobre a retomada da cobrança de impostos federais nos combustíveis. Enquanto o ex-prefeito de São Paulo é favorável ao retorno dos tributos, líderes da legenda no Congresso estão fazendo coro contra a proposta e se colocam favoráveis a uma nova política de preços para a Petrobras. A pressão também atinge, por tabela, o presidente da Petrobras, o também petista Jean Paul Prates.
Lula deve arbitrar a decisão, que tem de ser tomada até a próxima terça-feira (28), quando termina o prazo da isenção do PIS/Cofins para gasolina e álcool. O tamanho do ministro da Fazenda no governo será medido até lá. A equipe econômica argumenta não haver espaço fiscal para a manutenção da desoneração sobre combustíveis.
A prorrogação da medida custaria R$ 28,8 bilhões aos cofres públicos até o fim do ano. Haddad, que declarou no discurso de posse ser o “patinho feio” da Esplanada, corre o risco de fazer valer sua profecia e colher sua terceira derrota em dois meses.
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