O salário mínimo terá um aumento de 7,34% no Estado, segundo anúncio do governador Beto Richa, nesta sexta-feira (14). “É um aumento acima da inflação, garantindo à classe trabalhadora, mais uma vez, um ganho real, e acima do reajuste do salário mínimo nacional”, disse. O reajuste passa a valer em maio e será aplicado em quatro faixas salariais, que variam de R$ 948,20 a R$ 1.095,60.

O anteprojeto de lei elaborado pelo Conselho será encaminhado ao governador nos próximos dias para ser enviado para a Assembleia Legislativa. Richa destacou que a proposta foi aprovada por consenso pelo grupo de trabalho, formado por representantes dos empregadores, trabalhadores e poder público.

Faixas salariais
São quatro faixas utilizadas para definir o piso de cada grupo ocupacional. Para o primeiro grupo, formado por trabalhadores empregados nas atividades agropecuárias, florestais e da pesca, o salário será de R$ 948,20.

Para o segundo grupo, composto por trabalhadores de serviços administrativos, domésticos e gerais, vendedores e trabalhadores de reparação e manutenção, o mínimo regional passa a ser de R$ 983,40.

Para profissionais da produção de bens e serviços industriais, que compõem o terceiro grupo, o salário foi reajustado para R$ 1.020,80. O quarto grupo, composto por técnicos de nível médio, o novo piso do salário mínimo regional será de R$ 1.095,60.

Adicionalmente, foram definidos os valores-hora para os salários regionais dos diferentes grupos ocupacionais, de forma a facilitar os cálculos trabalhistas. Para 2015, o reajuste do piso salarial será igual a variação do INPC no acumulado de 12 meses encerrados em dezembro de 2014, agregada à taxa real de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País em 2013, apurada pelo IBGE.

Regulamentação
O piso do salário mínimo regional do Paraná serve, principalmente, para regulamentar o salário de categorias profissionais que não têm convenção nem acordo coletivo. “O piso do salário mínimo continua a ser o maior do País, o que é uma demonstração de respeito do Estado pelos trabalhadores”, afirmou o governador.

Ele ressaltou que de janeiro de 2011 a janeiro deste ano, foram criados no Estado 315.462 empregos com carteira assinada, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. O interior ficou com cerca de 90% das novas vagas.