Será feita uma avaliação dos sistemas de bilhetagem eletrônica (SBE) – que fazem controle de operação, fiscalização e movimentação financeira do transporte coletivo – utilizados em Curitiba e Região Metropolitana. Segundo diretor da Urbs, Roberto Gregório da Silva Junior, o intuito é responder de uma forma transparente todos os questionamentos sobre o transporte coletivo na capital.

“É preciso que todas as dúvidas sejam esclarecidas. Vamos fazer um levantamento completo, verificar e conferir todos os dados e informações, e isso será feito de forma aberta, com participação, inclusive, das empresas que operam o transporte coletivo”, afirma.

O trabalho, que se estenderá a todas as áreas dos SBE, é uma iniciativa da Urbs e vai avaliar, por exemplo, o controle de gratuidades, isenções, prazos de validade dos créditos transporte e operações financeiras, entre outros itens. Também servirá para identificar oportunidades de aprimoramento do controle e da manutenção dos sistemas e dos equipamentos necessários ao seu funcionamento, como catracas, validadores e nobreaks.

O SBE faz, entre outras funcionalidades, o controle da frota (quantos ônibus estão efetivamente rodando, por exemplo), controle de horários, velocidade desenvolvida, número de passageiros pagantes em dinheiro e com o cartão transporte, número de isentos, controle do crédito transporte, entrada de recursos da tarifa e pagamento às empresas.

Relatórios diários identificam onde o usuário utilizou o cartão transporte, em que data e horário e em que ônibus, terminal ou estação tubo. Quando um usuário compra créditos transporte, o sistema registra todos os movimentos, como num extrato bancário, registrando, um a um, cada crédito utilizado.

Além de contar com o espelho do CCO, por meio do qual podem monitorar sua frota e comunicação com motoristas, as empresas operadoras têm as mesmas informações registradas na Urbs sobre o número de passageiros que passaram na catraca, quantos pagaram em dinheiro, quantos pagaram com o cartão e quantos são isentos.  Essas informações ficam registradas no cartão do cobrador e em documento impresso automaticamente na garagem, no momento em que ele encerra o expediente, o que significa três extratos por dia, uma vez que os cobradores em Curitiba fazem jornada de seis horas.

Com base nessas informações, o sistema também calcula os valores a serem pagos às empresas e emite relatórios de controle financeiro e de movimentação do Fundo de Urbanização de Curitiba.

Protesto
A ocupação na Câmara Municipal de Curitiba, que acontece desde terça-feira (15) por integrantes da Frente de Luta pelo Transporte, está prevista para acabar às 17h desta quarta-feira (16).

Eles reivindicam a diminuição da passagem do transporte coletivo em R$ 2,25 e ocuparam o plenário após uma reunião da CPI que investiga os contratos do transporte público na capital. O valor exigido pelos manifestantes é consequência do relatório do Tribunal de Contas do Estado, que afirmaria ser esse o preço ideal para tarifa de passagem do transporte coletivo.