Polícia desmantela ‘golpe arara’ (Foto: Polícia Civil)

Homem foi preso por policiais da Delegacia de Estelionato (DE), na última terça-feira (18)

Um homem de 37 anos, suspeito de cometer crimes de estelionato e uso de documento falso, foi preso por policiais da Delegacia de Estelionato (DE), em São José dos Pinhais, no bairro Costeira.

Crime é conhecido como golpe de arara

Segundo informações dos investigadores, o homem criou uma pessoa jurídica para obter crédito junto com fornecedores de alimentos. Mas, o intuito dele era fraudar essas empresas e revender mercadorias abaixo do preço de mercado.

Leonardo Carneiro, delegado-titular da DE, esse tipo de fraude é chamada de “B2B business to business” ou então “golpe arara”, crime onde é causado um grande prejuízo financeiro para as empresas lesadas, que alienam mercadorias com alto valor agregado.

De acordo com o delegado, nesse tipo de crime as contas de pessoas jurídicas são criadas especialmente para golpes. “O uso de laranjas como no caso em questão, é bem comum. Os estelionatários se aproveitam de pessoas humildes que seguem seus documentos contra o pagamento de quantias modestas. Dessa forma, essas pessoas passam a integrar  o quadro social e, no caso de empresas adquiridas, favorecem a alteração da razão social e do ramo de atividade da empresa”, explica Carneiro.

Suspeito colocou empresa no nome de uma mulher

Para conseguir aplicar os golpes, o homem de 37 anos colocou a empresa no nome de uma mulher que atua como empregada doméstica. De acordo com as investigações, o faturamento da empresa anual chegava a ser de R$ 3 milhões. Porém, a mulher que no papel era dona da empresa recebia a quantia mensal de aproximadamente R$ 700.

O indivíduo segue preso, e pode responder por estelionato e uso de documento falso. Além disso, estima-se que o valor da vantagem auferida pelo indiciado poderia superar R$ 1 milhão, no prazo de um ano.