Entra em vigor nesta quarta-feira (6) o tarifaço dos Estados Unidos, que prevê a taxação de 50% sobre os produtos importados do Brasil. O decreto assinado por Donald Trump passa a valer para vários itens e gera apreensão sobre o impacto para diversos setores da economia. A medida do presidente norte-americano é uma resposta para ações do governo brasileiro que desagradam à gestão de Trump.

Em discurso realizado na tarde desta terça (5), o ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, ressaltou que o governo está disposto a negociar com os Estados Unidos. Entretanto, as conversas só vão ocorrer na área econômica e não na política.
Quase 700 itens foram retirados da lista de produtos que serão impactados pelo tarifaço. Entretanto, para vários setores da economia, a apreensão é grande. Durante uma live realizada nesta terça-feira (5), representantes da Federação da Indústria do Paraná (FIEP), comentaram o efeito da iniciativa norte-americana, em especial em segmentos paranaenses.
Tarifaço e os efeitos no Paraná
Um dos principais setores atingidos pelo tarifaço é o de madeira de reflorestamento. De acordo com o coordenador do Conselho Temático de Negócios Internacionais da FIEP, Paulo Pupo, a taxação, mesmo com exceções pontuais, atinge em cheio a competitividade de algumas empresas paranaenses.
Um exemplo deste impacto é a indústria Millpar, que fabrica produtos à base de madeira, e possui unidades em Guarapuava e Quedas do Iguaçu. A direção da empresa decidiu suspender a própria produção e ampliar as férias coletivas de funcionários.
A Millpar informou que 720 dos 1.100 trabalhadores foram colocados em férias coletivas por 30 dias. Inicialmente 640 trabalhadores seriam afetados, mas com a proximidade do início do tarifaço a medida foi estendida para 65% dos colaboradores.
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