A Urbs suspendeu, desde a última quarta-feira (15), o pagamento às empresas de ônibus dos 13 Municípios da região metropolitana que compõem a Rede Integrada de Transportes (RIT).

A suspensão foi motivada pela inadimplência do Governo do Estado, que por lei é responsável pelo transporte metropolitano e não está efetuando o repasse do subsídio ao Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC).

Até o momento são duas parcelas atrasadas (vencidas em dezembro e janeiro), totalizando R$ 10 milhões.

O presidente da Urbs, Roberto Gregório, informa que o atraso nos repasses representa uma ameaça à manutenção da RIT. “A Prefeitura de Curitiba não pode assumir a responsabilidade pelo transporte intermunicipal. Sem o subsídio, o Fundo de Urbanização não tem condições de pagar as empresas metropolitanas”, explica.

Pelo convênio firmado em maio de 2013 e válido até fevereiro deste ano, a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) deve repassar, no dia 10 de cada mês, R$ 5 milhões para complementar o pagamento das empresas metropolitanas que compõem a RIT.

No último dia 11 de dezembro, a Prefeitura já havia encaminhado ofício pedindo que as parcelas de outubro e novembro, que estavam atrasadas fossem pagas. Dois dias depois, o Estado efetuou o pagamento de outubro e informou à imprensa que faria o pagamento de novembro até o dia 20 de dezembro – o que até hoje não ocorreu.

“Curitiba não precisa de subsídio para manter suas linhas. É importante que fique claro que o subsídio do Governo do Estado é para manter o transporte intermunicipal”, afirma Gregório.

A Prefeitura reafirma que, se o Governo do Estado assumir o transporte metropolitano que é de sua responsabilidade, Curitiba abre mão de qualquer subsídio.

Subsídio

No início de outubro, a Prefeitura encaminhou ao Estado pedido de renovação do atual convênio, que vence em fevereiro de 2014.

Se considerada apenas a inflação medida pelo INPC – projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 5,9% para o período entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2014 –, serão necessários R$ 145 milhões em subsídio para manutenção da tarifa da RIT a R$ 2,70 no ano que vem. São R$ 95 milhões para as linhas metropolitanas e R$ 50 milhões para as linhas da Capital.