Professores de Maringá rejeitam gratificações de R$ 300 e reivindicam piso nacional
Os professores da rede municipal de ensino rejeitaram a oferta da Prefeitura de Maringá, que ofereceu uma gratificação de R$ 200 por produtividade aos educadores, além de R$ 100 de ‘auxílio conectividade’. De acordo com os profissionais da Educação do município, os benefícios não estão entre as reivindicações da categoria, que luta pela equiparação dos salários ao piso nacional.
O posicionamento contrário dos professores foi feito em assembleia na noite desta terça-feira (9). Os profissionais afirmam que não há clareza nos critérios de medição de produtividade para professores e que não existe a possibilidade desta modalidade de avaliação para a classe.
Outras críticas feitas à proposta são que ela exclui alguns profissionais, como aqueles em estágio probatório e aposentados, e que o auxílio conectividade serviria para suprir a falta de internet em algumas escolas. O auxílio seria destinado para os professores contratarem, por conta, planos de internet móvel.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Maringá (Sismmar), a defasagem é de R$ 135,41 para os professores que fazem 20 horas. Para os de 40 horas, a defasagem é de R$ 324,69. Já para os educadores infantis, são mais de R$ 1 mil de diferença entre o salário e o piso nacional da categoria, que desde janeiro deste ano é de R$ 3.845,34.
A categoria pede que os salários dos profissionais sejam equiparados ao piso nacional, que não seria alcançado através das duas gratificações propostas pela prefeitura. Até dezembro de 2021, este piso era pago para professores com carga horária de 20 e de 40 horas semanais, mas nunca contemplou os demais educadores. Em janeiro deste ano, houve um reajuste do valor, que não foi repassado aos profissionais de Maringá.
Com a rejeição à proposta da prefeitura, as negociações continuam entre a administração municipal e o Sismmar. O sindicato afirmou que uma comissão de professores e educadores será formada para discutir o piso nacional. A categoria não descarta greve.
Nota oficial
Em nota, a Prefeitura de Maringá questiona o reajuste do piso nacional para professores e educadores. Segue abaixo o texto, na íntegra:
A Prefeitura de Maringá informa que há um parecer da Procuradoria-Geral (Proge) com entendimento de que a portaria que eleva o piso salarial nacional da categoria é inconstitucional. Conforme legislação federal, a alteração do piso salarial deve ser feita por meio de lei e não portaria. Apesar disso, a gestão municipal já paga hoje aos professores um salário acima do referido piso nacional.