
Carta para o embaixador Michael McKinley fala em “dor incontornável” e “trauma psicológico” dos envolvidos; vice de Trump vem ao Brasil na terça
A menos de 24 horas da chegada a Brasília do mais importante representante do presidente americano, Donald Trump – seu vice, Mike Pence – o drama das crianças brasileiras separadas dos pais domina as conversações diplomáticas e tem tudo para se tornar o centro das atenções da visita. A situação foi reportada formalmente ao embaixador americano em Brasília, Michael McKinley, em carta encaminhada pelo Itamaraty. O documento, obtido em primeira mão pelo blog, classifica de “dor incontornável” o sofrimento das famílias separadas pela polícia de imigração americana.
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No documento, a responsável no Ministério das Relações Exteriores para questões deste tipo, embaixadora Maria Dulce Barros, menciona o temor de que as crianças “em tenra idade, estejam sofrendo trauma psicológico que poderá deixar sequelas graves ao longo de suas vidas”. E cobra esclarecimentos sobre como o governo americano pretende reunir as famílias: “visto que os pais, privados de liberdade, encontram-se em presídios distantes do local de abrigo das crianças”.
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Pence terá amanhã encontro reservado com o presidente Michel Temer no início da tarde e o tema deverá ser abordado. A expectativa do americano, contudo, era usar a visita ao Brasil para turbinar a posição dos EUA contra a Venezuela. O governo de Trump faz forte defesa da expulsão do país de Nicolás Maduro da OEA. Para chamar atenção para a “crise humanitária” que leva os venezuelanos a migrarem para outros países, Pence vai visitar abrigos de refugiados em Manaus e fazer um sobrevôo na região.
Veja o documento completo enviado pelo Itamaraty:
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