Estrutura de 50 toneladas é montada para show do Kiss em Curitiba
Os preparativos para o show da Banda Kiss em Curitiba estão a todo vapor na Pedreira Paulo Leminski. Desde a última sexta-feira (22) os trabalhadores carregam aproximadamente 50 toneladas de equipamentos de som e luz que compõem a estrutura de palco do show da banda, que se apresenta nesta quinta-feira (28), na capital paranaense. A apresentação faz parte da turnê de despedida do Kiss.
As informações sobre a chegada do grupo a Curitiba e o hotel em que eles irão ficar hospedados são mantidas em sigilo pela assessoria dos músicos. A banda já está em território brasileiro e na noite desta terça-feira (26) sobe no palco em Porto Alegre. Após a passagem pelo Rio Grande do Sul, o destino do Kiss é a capital paranaense.
A equipe que trabalha diretamente com a banda deve chegar à Curitiba na quarta-feira (27) pela manhã para deixar tudo pronto. O trabalho vai garantir o show de pirotecnia, luzes coloridas, fumaça, voos e explosões que compõem a performance da banda, já conhecida pelo uso das maquiagens e roupas com tachas, couro, armaduras e botas de salto plataforma.
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Muito além dos efeitos especiais e da aparência, está a música. A banda norte-americana possui quase 50 anos de história e acumula recordes com sucessos que venderam milhões por todo o mundo. O vocalista e baixista Gene Simmons, “The Demon”, está com 72 anos e continua se apresentando com muita disposição.
Em entrevista para Kevin Frazier em Las Vegas, há duas semanas, Simmons disse que a banda reconheceu que é a hora certa de ‘sair do ringue‘, e que só resistiu por tantos anos porque ficou longe das drogas. “Sem drogas, sem bebida, sem fumar. Nada de rock and roll estúpido”, afirmou. Ele garantiu também que faz caminhadas de três a oito quilômetros diariamente para manter a disposição.
Ansiosos para vê-los em Curitiba, alguns fãs já estão dormindo na fila desde segunda-feira (25). Esta será a segunda vez que Kiss toca na capital paranaense. Em 2015 a mesma Pedreira recebeu 15 mil pessoas debaixo de chuva para ver a apresentação do grupo. Paul Stanley, “The Starchild”, guitarrista e vocalista da banda, protagonizou um momento inesquecível na época: desceu de tirolesa até uma torre no meio do público.
A turnê
The End of The Road World Tour começou em janeiro de 2019 em Vancouver, no Canadá. O plano da banda era realizar 174 shows pelo mundo, mas as apresentações foram suspensas em março de 2020, quando começou a pandemia do Coronavírus. O grupo voltou aos palcos em agosto de 2021 nos EUA e interrompeu a turnê mais algumas vezes, quando Paul e Gene sentiram na pele os efeitos do vírus.
Na América Latina o Kiss desembarcou apenas este ano. As apresentações foram em Santiago, no Chile, e depois em Buenos Aires, na Argentina. No Brasil a banda se apresenta em Porto Alegre nesta terça (26), em Curitiba na quinta (28), em São Paulo no sábado (30) – com ingressos já esgotados -, e Ribeirão Preto no feriado do Dia do Trabalhador (01). Depois a banda segue para Peru e Colômbia.
A última turnê da história do Kiss deve terminar em outubro.
A Banda
Era 1973 quando Gene Simmons e Paul Stanley, em Nova Iorque, encontraram Peter Criss, baterista, e Ace Frehley, guitarrista, para começar o Kiss. O baterista original deixou a banda em 1980 e foi substituído por Eric Carr, que morreu de câncer em 1991, aos 41 anos. Foi então que Eric Singer entrou na banda, e permanece até hoje. A banda também trocou de guitarrista algumas vezes. Vinnie Vincent, Mark St. John e Bruce Kulik passaram pela posição hoje ocupada por Tommy Thayer.
O grupo lançou 44 álbuns e vendeu mais de cem milhões de álbuns em todo o mundo. Entre os sucessos estão clássicos do rock mundial como “Rock And Roll All Nite”, “Detroit Rock City”, “I Love It Loud” e “Love Gun”. O último álbum, MONSTER, foi lançado em 2012. As apresentações cheias de fogo, luzes e performances únicas fizeram com que Kiss ficasse conhecida como “a banda mais quente do planeta”, e sua legião de fãs se tornou o “Kiss Army”.
