Com a primeira vitória do Brasil na maior premiação do cinema, a noite deste domingo (2) foi marcada pela vibração mundial, após ‘Ainda Estou Aqui’ vencer 4 fortes concorrentes na categoria de melhor filme estrangeiro. Os mais surpreendidos foram os veículos internacionais, que deixaram claro, nas manchetes, o tamanho do feito.

O longo disputava a estatueta com ‘A garota da agulha’ (Dinamarca), ‘Emilia Pérez’ (França), ‘A semente do fruto sagrado’ (Alemanha) e ‘Flow’ (Letônia). Apesar da concorrência elevada, no último mês o longo se consolidou como um dos favoritos. O filme brasileiro já vinha ganhando destaque após vencer como Melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro, no Critics Choice Awards e no BAFTA.
Mesmo não tendo sido premiado anteriormente, o país já havia sido indicado 5 vezes na categoria de Melhor Filme Internacional: O Pagador de Promessas (na cerimônia de 1963), O Quatrilho (1996), O Que É Isso, Companheiro? (1998), Central do Brasil (1999).
Confira manchetes
Os veículos internacionais destacaram a vitória da produção no Oscar 2025, ressaltando a superação do longa brasileiro sobre o filme francês ‘Emilia Pérez’, que começou a premiação como favorito, liderando a disputa com 13 indicações.
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Walter Salles em ‘Ainda Estou Aqui’
O longa dirigido por Walter Salles, também concorreu nas categorias de “Melhor Filme” e “Melhor Atriz”, mas não levou a estatueta.
Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme se passa durante a ditadura militar no Brasil. A trama acompanha Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro), esposa do ex-deputado Rubens Paiva (Selton Mello), que foi sequestrado, desapareceu e acabou morto durante o regime (1964-1985).
“Obrigado, primeiro, em nome do cinema brasileiro. Estou honrado por receber este prêmio, neste grupo tão extraordinário de cineastas”, disse Walter.
“Isso vai para uma mulher que, após uma perda sofrida durante um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Então este prêmio vai para ela. Seu nome é Eunice Paiva, então é dela”, completou Salles.
*Com supervisão de Guilherme Fortunato
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