Câncer no intestino e reabilitação nos EUA: entenda o tratamento de Preta Gil

A cantora e empresária Preta Gil morreu, aos 50 anos, neste domingo (20) após dois anos e meio de luta contra um câncer de intestino. A artista estava nos Estados Unidos desde 13 de maio, quando iniciou um tratamento experimental em dois centros de medicina, o Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, e o Virginia Cancer Institute, em Washington. 

Preta Gil emocionou o país ao expor com transparência a luta contra o câncer por meio de procedimentos realizados no Brasil e nos Estados Unidos, o que incluiu cirurgias e tratamentos de quimioterapia e radioterapia, além de procedimentos como histerectomia total abdominal (remoção do útero) e amputação do reto.

Com recomendação de médicos brasileiros, a cantora viajou aos Estados Unidos em dezembro de 2024 para se consultar. O objetivo era alinhar um novo tratamento no pós-operatório, já que a quimioterapia aplicada até então não havia surtido o efeito esperado.

Ela retornou ao Brasil, realizou outros procedimentos ao longo dos meses e em maio retornou a Nova Iorque. “A vida acontecendo e eu entre Nova York e Washington! Enquanto isso, vou me fortalecendo fisicamente e espiritualmente”, escreveu Preta na época.

Preta Gil morreu enquanto se preparava para retornar ao Brasil 

Com a piora no quadro clínico nos últimos dias, a artista havia decidido que retornaria ao Brasil nesta semana. Durante o tratamento nos Estados Unidos, Preta Gil recebeu visita de muitos familiares e amigos. Porém, quando descobriu que a situação estava muito delicada, a cantora revelou o desejo de retornar ao Brasil para uma última despedida a pessoas que não puderam visitá-la durante o tratamento. 

O portal R7 destacou que neste domingo (20), Preta Gil já estava a caminho do aeroporto quando passou mal, precisou ser levada a um hospital e não resistiu. Uma das melhores amigas de Preta, a atriz Carolina Dieckmann, estava nos Estados Unidos no momento da morte da cantora.

Carreira e vida pessoal

Nascida no Rio de Janeiro, Preta Gil era filha do cantor e compositor Gilberto Gil e de Sandra Gadelha, que inspirou a música Drão. Tinha como irmãos Nara, Marília, Belina, Maria, Pedro (falecido em 1990), Bem, José e Bela, além de ser sobrinha do cantor Caetano Veloso e afilhada da cantora Gal Costa.

Preta foi casada com o ator Otávio Müller, com quem teve o filho Francisco Gil, músico e pai da neta Sol de Maria. Namorou atores como Caio Blat, Marcos Palmeira, Paulo Vilhena, e o apresentador Marcos Mion. Também foi casada com Rodrigo Godoy, com quem rompeu durante o tratamento contra o câncer, acusando-o de traição enquanto fazia quimioterapia, o que gerou debate público.

Como cantora, lançou seu primeiro álbum, Prét-A-Porter, em 2003, que causou polêmica por apresentar uma capa com a artista nua. Anos depois, Preta revelou que seu pai considerou a imagem “desnecessária”. Apesar disso, o álbum ganhou destaque especialmente pela faixa Sinais de Fogo e consolidou sua identificação com o público LGBTQIA+.

Já como empresária, foi cofundadora da agência Music2 + Mynd8, que desenvolveu projetos para diversos artistas e influenciadores, e ganhou o Prêmio Caboré em 2019.

Quer receber notícias no seu celular? Então entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui!