Neste final de semana – nos dias 16 e 17, às 21h; e no dia 18, às 19h – a atriz Claudia Rodrigues apresenta no Teatro Fernanda Montenegro (R. Coronel Dulcídio, 517, Batel), em Curitiba, o espetáculo “Muito Viva”, cujos ingressos estão sendo vendidos por R$ 70,00 (inteira) e R$ 35,00 (meia). A atriz conversou com a blogueira Claudia Cozzella sobre o espetáculo e sua carreira. Confira a entrevista>

Cozzella: Como começou sua carreira? Quando você percebeu que queria ser atriz?

Claudia Rodrigues: Comecei a fazer teatro no colégio aos 14 anos fazendo “Saltimbancos” e não parei mais. Acho que tive essa certeza enquanto dava aula (sou professora de Educação Física).
Cozzella: Você se define como uma comediante?

Claudia Rodrigues: Acima de tudo sou atriz, mas eu amo fazer humor e me considero uma comediante.
Cozzella: Dizem que os comediantes conseguem dosar o humor para também atuarem em papéis mais sérios. Já o contrário, não é tão simples, já que fazer rir supostamente é mais difícil do que fazer chorar. Você acha que há alguma verdade nisso?

Claudia Rodrigues: Claro, todo comediante é ator, mas nem todo ator é comediante. Uma das coisas mais difíceis no humor é o tempo de comédia e isso não se ensina, ou você tem ou não tem.
Cozzella: Qual o personagem seu que mais lhe deu projeção como atriz?

Claudia Rodrigues: Com toda certeza a Marinete (de “A Diarista) foi o estopim da minha carreira.
Cozzella: Como foi trabalhar com o Chico Anýsio na Escolinha do Professor Raimundo?

Claudia Rodrigues: Foi incrível, o Chico Anysio é único, um grande mestre e muito generoso.
Cozzella: Recentemente “caiu na net” um vídeo muito engraçado com erros de gravação da Escolinha do Professor Raimundo, ou melhor, dez minutos de cena em que vocês improvisavam com o intuito de fazerem uns aos outros caírem na risada. O ambiente era sempre assim, descontraído?

Claudia Rodrigues: Era muito bom fazer a Escolinha, sempre com o clima descontraído e contracenando com várias feras do humor. A Cininha de Paula e o Paulo Ghelli (diretores do programa) nos deixavam muito à vontade. Nós sempre nos divertíamos muito nas gravações. Meu maior presentes na Escolinha foi ter conhecido e ter ficado amiga do Francisco Milani e do Rogério Cardoso, que inclusive trabalhei também com os dois no teatro na comédia “Estranhos Casais”
Cozzella: Existe limite pro humor?

Claudia Rodrigues: Eu acho que existe sim, acho que o humor tem que ser engraçado, mas para isso não precisamos ser grosseiros nem ofender ninguém.
Cozzella: Sobre esta peça em cartaz, qual é o mote dela?

Claudia Rodrigues: Muito viva! conta a história de Litinha. Ela é uma faxineira que luta para sobreviver, pois é mãe de vários moleques e, apesar de ter marido, sustenta integralmente a casa. Enquanto faz faxina no teatro, conta como é sua vida. Litinha é vaso ruim e não quebra. Ninguém consegue passá-la pra trás e, contrariando tudo, continua muito viva.