A máscara de maior sucesso até hoje foi a do ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa, no Carnaval de 2013
O agente da Polícia Federal Newton Ishii, que ficou nacionalmente conhecido como ‘japonês da PF’, vai ser personagem do carnaval 2016. Além de ganhar uma marchinha e um boneco gigante em Olinda, Pernambuco, o agente também será máscara na próxima festa de Momo.
Figura presente na escolta dos maiores alvos da Operação Lava Jato em Curitiba, entre políticos e empreiteiros, Ishii virou celebridade nas redes sociais. “O japonês aparece cada vez que alguém que vai para a prisão, é parte de toda essa Lava Jato. Tínhamos que ter ele”, conta Olga Valles, dona da fábrica Condal, que produz máscaras desde 1958. “Hoje foi feito o protótipo da máscara dele. A primeira tiragem deve ficar entre 60 e 120 peças”, diz.
A máscara do rosto de Ishii será vendida em dois modelos, com e sem óculos.
Olga Valles explica que o carro-chefe da fábrica são as máscaras de macaco, monstros e fantasias. “A parte de políticos, meu marido adorava. Ele começou a fazer após a ditadura”, explica. A fábrica já fez máscaras de Ulysses Guimarães e de Tancredo Neves. “Procuramos retratar um pouco a política brasileira através das máscaras”.
O maior sucesso dos últimos anos, segundo a empresária, foi a máscara do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que vendeu 15 mil peças no carnaval de 2013.
“O que acontece é que os políticos são uma caixinha de surpresa. Você não sabe se o público vai gostar ou não. É complicado, tem político que vende muito e outro que não vende nada”, afirma Olga Valles.
As máscaras do ex-presidente Lula, do ex-ditador Saddam Hussein e do terrorista Osama bin Laden estão na lista das bem vendidas. Já a venda das máscaras da presidente Dilma e do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), têm sido “pouco expressivas”.