O Museu de História Natural de Curitiba, que completará 50 anos no próximo mês de agosto, reúne num mesmo local uma série de atrações interessantes. Encravado numa propriedade de 36 mil metros quadrados, remanescente florestal de pinheiros e imbuias, tem uma das coleções científicas zoológicas mais representativas do Paraná e centenas de animais empalhados.
“O que mais chama a atenção dos visitantes é o lobo-guará”, explica o chefe de divisão do museu, o biólogo Vinícius Abilhoa. O animal está logo na entrada, numa das oito grandes vitrines que exibem os animais taxidermizados, inseridos em réplicas de seus habitas naturais. O lobo-guará, ao lado do gavião fumaça e de uma dezena de outros animais, está no espaço que representa o Cerrado.
Há ainda a réplica do Banhado, que abriga a capivara e a cuíca; da Floresta Tropical, onde está uma onça pintada, e da Floresta com Araucárias, onde são exibidas a Jaguatirica e a Cotia, entre muitas outras espécies. Existe também um espaço destinado aos Animais dos Andes, onde estão um condor e um enorme urso de óculos, que foi empalhado anos atrás, após sofrer um atropelamento fatal.
“Temos um acordo com concessionárias que administram as rodovias, que nos enviam animais vitimados por acidentes”, conta Abilhoa. “Muitos não têm condições de serem empalhados, mas servem como fonte de informações, registros e estudos ou são destinados às coleções científicas do museu”, explica.
O acervo de espécies da fauna terrestre do museu ainda exibe uma vitrine com animais ameaçados de extinção, como arara vermelha, tucano bico-preto e tamanduá-bandeira; e outra com vetores de zoonoses urbanas. Ao todo, são cerca de mil animais. Além dos que estão em exposição, o museu conta com uma reserva técnica que empresta material para aulas e exposições externas.
Abilhoa informa que todos os animais foram preparados por uma equipe própria do museu, especializadaem empalhação. Obiólogo destaca que a principal função da instituição é educativa. “Recebemos aqui um público de mais de 5 mil pessoas a cada mês, sendo que visitas guiadas de grupos escolares acontecem diariamente”, conta o biólogo, que há 17 anos trabalha no museu.
Ele esclarece que há dois tipos distintos de visitas: as que buscam as exposições de animais e as técnicas, que atraem estudantes, pesquisadores e serve como fonte de consulta. Ambas são acompanhadas por monitores.
“Uma vez por mês, organizamos o evento ‘Uma Noite no Museu’, destinada apenas a estudantes técnicos ou universitários”, informa Abilhoa. Agendado com antecedência e sem custos, o encontro é uma visita mais aprofundada e detalhada às coleções, seguida de uma palestra.
Ao sair do Museu de História Natural, o visitante tem ainda oportunidade de percorrer uma bela trilha suspensa, entre centenárias árvores e onde está a mais antiga da cidade: uma imbuia com cerca de mil anos de idade. “O nome do bairro não é por acaso, pois existe aqui uma representativa quantidade desta árvore”, explica Abilhoa.
Museu de História Natural de Curitiba
Endereço: Rua Professor Benedito Conceição, 407 (esquina com a Rua Nivaldo Braga), Capão da Imbuia,
Telefone: (41) 3313-5584.
Horário: abre de terça a domingo das 9h às 17 horas, com entrada gratuita.