Quem não queria a oportunidade de ter uma segunda chance para concertar ou viver momentos importantes na vida? E se por acaso você conhecesse um pouquinho de física quântica e tivesse a oportunidade de experimentar realidades semelhantes a que você vive neste exato instante, só que com leves modificações? “No Limite do Amanhã”, novo filme da Warner Bros, com estreia no dia 29 de maio, exercita a viagem no tempo para mudar o destino da humanidade.

O longa é classificado como ficção científica e ação. E realmente o diretor Doug Liman e os roteiristas Christopher McQuarrie e Jez Butterworth mostram um ambiente e uma história até que convincente para justificar a ida de Bill Cage (Tom Cruise) para as Forças Armadas, direto para linha de combate em meio a guerra contra uma invasão de alienígenas. Sem uma explicação, Cage fica preso no tempo. O dia da batalha passou a se repetir e repetir minunciosamente do início ao fim. Com o tempo, Cage aprende a lidar com a situação e passa adquirir conhecimento do que está acontecendo com ele e é neste momento que encontra Rita Vrataski (Emily Blunt). Ela o guiará para combater as forças alienígenas e livrar a humanidade de um final terrível.

Passei o filme todo achando que já o vira antes – Putz! Momento: “Aff, estou presa no tempo também!” – e finalmente lembrei quando comecei a escrever a resenha. O filme muito se parece com “No Limite do Amanhã” e “Contra o Tempo”(2011), de Duncan Jones. A história é basicamente a mesma, só que com requintes a mais de física quântica, pois além de poder voltar no tempo o personagem principal, o capitão Colter Stevens (Jake Gyllenhaal), também consegue ser transportado para o corpo de outra pessoa com a missão de salvar o país de um terrível atentado terrorista. “No Limite do Amanhã” lembra ainda outros longas: “Transformers”, por conta dos uniformes de combate dos soldados; Looper – “Assassinos do Futuro”, associado  viagem no tempo ; X- Men: Primeira Classe; “Heróis”, pelos seus poderes telepáticos; e “Jumper”, filme dirigido também por Doug Liman.

Ainda bem que não lembrei na hora destes filmes, pois iria julgá-lo o tempo todo sem antes assisti-lo até o final. Valeu a pena, apesar de considerar a história fraca e repetitiva. O momento mais interessante do filme é quando se aproxima do fim, onde as coisas começam a se encaixar e de repente a história se torna interessante novamente. Acho que a virada na história poderia ser antes. Claro que durante todo o filme é possível dar mérito aos efeitos especiais que passam uma realidade às vezes normal do ambiente terrestre e em outras de um lugar totalmente futurístico e sombrio do que irá se tornar a terra.

No elenco, além de Tom Cruise e Emily Blunt, Brendan Gleeson, Bill Paxton e Noah Taylor atuaram muito bem e trouxeram uma veracidade, principalmente nas cenas em que se repetiam com as mesmas falas. “No Limite do Amanhã” tinha chamada mundial para ser um dos grandes filmes deste ano, porém conseguiu ser morno para o tanto de fogo que colocaram enaltecendo a trama.